Vini Jr. sobre o racismo na Espanha: ‘Se até 2030 não mudar, a Copa tem de trocar de lugar’

Craque do Real Madrid desabafou em entrevista sobre cenários de ofensas racistas que recebe no país onde joga

PUBLICIDADE

Foto do author Vinícius Harfush
Atualização:

Uma das sedes da Copa do Mundo de 2030, a Espanha pode encontrar resistência de torcedores ou atletas quando o assunto é justamente receber a competição mundial de seleções. O tema foi levantado por Vinicius Jr, atacante do Real Madrid e da seleção brasileira, que desabafou sobre o cenário preocupante que as ofensas racistas ocupam no país.

Em entrevista à CNN espanhola, Vini afirmou que ainda há um longo caminho de evolução e melhora a ser percorrido para que a Justiça e, principalmente, a população da Espanha entenda a gravidade dos atos racistas. Atos que, infelizmente, marcam a passagem do jogador por um dos maiores clubes do mundo.

Vini Jr. durante coletiva pela seleção brasileira em março de 2024 quando desabafou sobre os casos de racismo que sofreu na Espanha Foto: RAFAEL RIBEIRO/CBF

PUBLICIDADE

Ao citar o país como sede do Mundial que acontecerá daqui seis anos, Vini Jr. demonstrou preocupação com o que será debatido e interpretado sobre o tema até lá. E opinou que, sem uma mudança, seria necessário trocar uma das sedes da competição.

“Espero que a Espanha possa evoluir e compreender a gravidade que é insultar alguém por causa da cor da sua pele. Até 2030 temos uma margem de evolução muito grande. Portanto, espero que a Espanha possa evoluir e compreender a gravidade disso, porque se as coisas não evoluírem até 2030, acho que temos que mudar de local (da Copa do Mundo). Se o jogador não se sente confortável e não se sente seguro jogando em um país onde ele pode sofrer racismo, é um pouco complicado”, afirma o atacante na entrevista.

O jogador sabe do seu papel como ator ativo nesse processo conscientização e disse que está disposto a fazer parte do movimento. “Quero fazer de tudo para que as coisas possam mudar. A maioria das pessoas aqui na Espanha não são racistas, mas tem um grupo pequeno que afeta a imagem de um país que é muito bom de se viver. Até 2030, os casos de racismo podem e devem diminuir”, completa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.