ENVIADO ESPECIAL A DOHA - Há exatos vinte anos, na Copa do Mundo da Coreia do Sul e Japão, a seleção do Senegal, em uma campanha histórica, estreava na fase final da maior competição do futebol. Com um meio-campo comandado por Alliou Cissé, venceu a França, empatou com Dinamarca e Uruguai na fase de grupos e bateu a Suécia nas oitavas, até ser eliminada pela Turquia, já nas quartas de final. Desde então, os africanos nunca mais chegaram tão longe. Duas décadas depois, desta vez com Cissé como técnico, voltam a disputar a fase eliminatória.
A vitória sobre o Equador no estádio Khalifa nesta terça-feira, 29, em Doha, fez com que os senegaleses quebrassem esse tabu. “Nossa equipe se preparou para essa partida e todo nosso esforço foi recompensado”, disse o treinador. “Agora, vai começar um outro campeonato, com partidas de eliminação direta: e nosso time sabe disputar esse estilo de jogo”.
A equipe de Cissé chegou a sofrer o empate que os eliminaria da Copa, mas o sofrimento não durou nem dois minutos. Bastou Kalidou Koulibaly aproveitar o mau-posicionamento da defesa equatoriana para colocar, novamente, Senegal na frente. E o placar persistiu até o fim, mesmo com a pressão dos sul-americanos.
“Depois do gol do Equador, sabíamos que precisávamos reagir rapidamente”, disse o zagueiro artilheiro logo após a vitória. “Eu sempre procuro o melhor posicionamento na área para ajudar o meu time. E foi por acreditar que dava que marquei o gol que nos classificou”.
O adversário dos africanos sairá ainda hoje entre quem levar a melhor no Grupo B, com os duelos de Estados Unidos com Irã e Inglaterra com País de Gales. “Somos os campeões da África, e agora que estamos nas oitavas de final, não será para fazermos papel de figurantes”, reiterou Koulibaly, já projetando os próximos confrontos do mata-mata.
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