Cerca de 30 torcedores do Deportivo Quito invadiram o gramado do Estádio Olímpico Atahualpa, no domingo, e agrediram o árbitro Diego Lara na partida contra o Espoli pela terceira divisão do Campeonato Equatoriano. Além de Lara, o grupo de arbitragem foi formado pelos assistentes Ricardo Barén e Jefferson Sevilla (asistentes), além do quarto árbitro Manuel Sellán e do assessor Pablo Morán.
O caso gerou grande repercussão no país. Os torcedores se irritaram com as expulsões de Carlos Angulo e Luis Mosquera e entraram no gramado após o apito final. Segundo a imprensa equatoriana, um torcedor foi detido pela polícia durante a revolta e foi levado para uma Unidade Judicial.
O Deportivo Quito lamentou o caso e condenou a atitude de seus torcedores. "Nós, como instituição, não toleramos esse tipo de ação que repercute de maneira negativa ao clube. Sempre acreditamos que condutas antidesportivas devem ser vetadas e erradicadas de todo o cenário esportivo do país e, quando elas acontecem, os responsáveis devem ser punidos e, neste caso, não será exceção. Pedimos e apelamos a todos os torcedores para que reflitam, salientando que este tipo de ações apenas representam sanções negativas para com o nosso clube".
A Federação Equatoriana de Futebol também se pronunciou sobre o episódio triste. “Condenamos todo tipo de violência em locais esportivos e reiteramos o nosso compromisso de colaborar com as autoridades competentes para realizar as investigações do caso e encontrar os responsáveis por este lamentável acontecimento, para que sejam punidos com todo o rigor de a lei”, comentou.
Esse é mais um caso de violência a árbitros. Neste mês, a juíza Dalma Magali foi agredida por um jogador durante uma partida em uma competição regional na Argentina. Em junho, o árbitro Jose Arnolda Amaya, de 63 anos, foi espancado até a morte após mostrar cartão vermelho para o jogador Juan Manuel Cruz Lorenzana, durante uma partida no Estádio de Toluca, em El Salvador.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.