O técnico Vítor Pereira virou persona non grata para as duas maiores torcidas do Brasil e garante que ainda sofre pela passagem nada marcante no futebol brasileiro. Depois da saída conturbada do Corinthians, ele também decepcionou ao perder cinco títulos disputados com o Flamengo. Em entrevista ao jornal Record, de Portugal, o treinador quebrou o silêncio e admitiu que a saída do clube paulista não foi somente por causa de um problema pessoal familiar. Ele admitiu que não via o clube em condições de brigar por conquistas por causa das dificuldades financeiras, o que o teria motivado a mudar de ares.
Ao afirmar que não renovaria por causa de uma doença da sogra e logo depois acertar com o Flamengo, o treinador português acabou perdendo todo o respeito que havia conquistado diante dos corintianos após levar o time até a decisão da Copa do Brasil. Ele voltou a dizer nesta quinta-feira que havia o problema pessoal realmente, e completou que a impossibilidade de ter os reforços sonhados, o fizeram aceitar oferta do clube do Rio, um time mais pronto.
“A minha saída teve a ver com questões pessoais que vieram a público e não deveriam ter vindo. E também com questões relacionadas a um projeto que achei que não me levaria aonde eu pensava e que dificilmente conseguiria repetir a temporada anterior”, disse o treinador.
Depois de pegar um time em crise e proporcionar uma pequena melhora, o técnico queria marcar seu nome no País com títulos. Ao saber que não teria dinheiro para investir no elenco, desistiu do Corinthians.
“Iria ter mais dificuldades já que o clube estava com problemas financeiras. O clube precisava, de fato, de um plano estratégico para lidar com essas dificuldades e eu não senti que fosse possível continuar para fazer melhor e para lutar por títulos, que foi sempre o meu objetivo. Foi isso que me levou ao Brasil”, explicou.
Bastante ofendido por corintianos até hoje, ele também não deu certo no Flamengo e garante que ainda paga o preço. “Passei do Corinthians para o Flamengo, um clube com 40 e poucos milhões de torcedores, para outro clube com 50 e poucos milhões. É muito milhão junto, com algumas guerras também no meio, e sinceramente não foi fácil”, admitiu. “Também descansei muito pouco de um projeto para o outro e paguei um preço. Aliás, ainda estou pagando este preço.”
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