O momento da ginástica brasileira é um dos melhores da história. Com conquistas recentes na artística, rítmica e de trampolim, o País chega para a fase ‘mais importante’ do ciclo para os Jogos Olímpicos de Paris em seu melhor momento. Agora o desafio é confirmar a boa fase nos mundiais das modalidades, que acontecem no segundo semestre de 2023, e desta forma classificar o País para a Olimpíada do próximo ano.
O segundo semestre de 2023 é o momento mais importante do ciclo olímpico até os Jogos Olímpicos de Paris para a ginástica. Entre setembro e novembro, as seleções brasileiras estarão na Europa buscando a vaga na Olimpíada e sabem que o momento é de dedicação e concentração total para chegar no objetivo.
“É um ano diferente e a gente sabe disso. Temos uma etapa da Copa do Mundo em Paris, o Mundial que é pré-olímpico e os Jogos Pan-Americanos, tudo quase que em sequência. Sabemos o objetivo do ano, que é a vaga em Paris, e vamos nos concentrar para isso”, disse Arthur Zanetti ao explicar a importância do segundo semestre de 2023.
O desafio da ginástica brasileira em Paris é grande. Depois de fazer história na Olimpíada de Tóquio, com Rebeca Andrade conquistando um ouro e uma prata, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) sabia que precisava de mais atletas figurando entre os melhores do mundo e conseguiu a confirmação disso neste ano. O conjunto de ginástica rítmica vem escrevendo história a cada etapa de Copa do Mundo e com o quinto lugar no último mundial. O desempenho recente fez o País se consolidar entre os melhores e a possibilidade de medalha passou a ser real.
“A CBG é uma das confederações que se sobressai no movimento olímpico. Quero parabenizar em nome do COB pelos resultados recentes de todas as modalidades, em especial as meninas da rítmica, que nos fazem ter uma expectativa positiva e realista para os Jogos Olímpicos de Paris. Parabéns para todos os atletas”, disse Paulo Wanderley, presidente do Comitê OIímpico do Brasil, em evento em São Paulo.
O conjunto brasileiro de ginástica rítmica vem entrando para a história a cada competição que disputa. No último mundial, a equipe passou a figurar como candidato ao pódio e foi medalhista em diversas etapas da Copa do Mundo.
“Foi um trabalho de longo prazo. Após a Olimpíada de 2016 quase toda a equipe se retirou da seleção e apostamos em um grupo todo novo. Sofremos no primeiro ciclo olímpico, por conta da idade delas e da falta de experiência em grandes competições, e estamos colhendo frutos neste. A meta é se classificar para os Jogos de Paris pelo Mundial e fazer uma boa participação nos Jogos Pan-Americanos. Sabemos que nos consolidamos entre as melhores equipes do mundo e os resultados mostram isso. Chegar em uma edição de Jogos Olímpicos podem realmente estar na briga pelo pódio é algo novo, mas é o objetivo final”, explicou Márcia Naves, técnica do conjunto da seleção brasileira de ginástica rítmica.
Equipe feminina da ginástica artística quer volta para Olimpíada
Apesar do resultado histórico no individual, a ginástica artística feminina do Brasil teve seu momento de baixa antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. No Mundial de 2019, classificatório para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a delegação brasileira não conseguiu a vaga por equipes no feminino.
“Não fomos para Tóquio e precisamos voltar nos Jogos de Paris. Agora é matemática, agora é tudo na calculadora, no relógio. Tenho dois meses e uma semana para estar melhor da minha lesão no tornozelo e vou estar bem para o Mundial. A vaga olímpica por equipes é o objetivo e vamos conseguir”, explicou Flávia Saraiva.
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