Italo Ferreira posa com prancha de surfe em meio a eclipse solar; veja fotos

Primeiro surfista a conquistar medalha olímpica faz o registro em um dos locais com melhor visão do fenômeno, no Rio Grande do Norte

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Por Redação
Atualização:

Italo Ferreira aproveitou o eclipse anular que passa pelo Brasil neste sábado. O surfista foi até uma região entre o município de Baía Formosa e a capital Natal, no Rio Grande do Norte, um dos Estados com melhor visão do fenômeno, que causou a impressão de um “círculo de fogo” em torno do surfista, e posou para fotos com uma prancha.

Primeiro surfista a conquistar a medalha de ouro olímpica, Italo Ferreira se juntou ao fotógrafo Marcelo Maragni para fazer os registros das manobras nas ondas diante do eclipse. O fenômeno ocorre quando a Lua está em seu apogeu (o ponto mais distante da Terra, em sua órbita). Nesse período, a Lua parece menor do que o Sol no céu. O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível no Brasil. O próximo eclipse deste tipo será em 2 de outubro de 2024.

Registro de Italo Ferreira durante eclipse solar foi feito no Rio Grande do Norte. Foto: Marcelo Maragni (Red Bull Content)

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Enquanto a posição do surfista precisava estar alinhada com o momento em que a Lua se posicionava entre a Terra e o Sol, o fotógrafo, há aproximadamente 1 km de distância do surfista, teve de usar, além de sua câmera, rádios para comunicação, dois celulares, óculos de proteção e espelhos para conseguir fixar os olhos contra a luz do Sol e evitar o efeito sombra na imagem do atleta.

“Fiquei muito feliz de aqui no Rio Grande do Norte a gente ter a melhor visão do eclipse e de ter sido abençoado com essa foto que a gente vem trabalhando há meses para que ficasse perfeita. Estar vivendo esse momento é surreal e muito simbólico, principalmente porque representa um dos arcos olímpicos e me lembra o quão especial foram às Olimpíadas para mim” afirmou o surfista.

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Foram quatro meses de estudos para sequência de fotos, feita em cinco segundos. Foto: Marcelo Maragni (Red Bull Content)

A cena inédita foi eternizada após uma única tentativa e em cerca de 5 segundos. Durante esse período, Maragni ainda precisou ajustar sua posição para capturar o ângulo perfeito do anel de fogo. Antes o fotógrafo havia testado possibilidades para conseguir registrar o momento.

Os ensaios e estudos começaram há quatro meses e Maragni visitou mais de 20 picos e montanhas ao redor da praia para a checagem prévia do lugar ideal. “Esse foi uma das fotos mais complexas que já fiz, foram trabalhosas tentativas de encontrar um local com a angulação de azimute, que é um ângulo em relação ao Norte e com uma inclinação específica de altura”, disse o profissional, que tem 25 anos de carreira.

Italo Ferreira é o primeiro surfista medalhista olímpico e vê no círculo do Sol uma referência aos anéis olímpicos. Foto: Marcelo Maragni (Red Bull Content)

Cuidado ao observar

Neste sábado, o fenômeno ficou visível no Brasil até o pôr do sol, por volta das 18h (horário de Brasília). São nove Estados que conseguiram ver o eclipse anular: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Entretanto, somente duas capitais puderam ver o eclipse: Natal e João Pessoa (Paraíba). Em outros Estados, como São Paulo, o eclipse foi parcial.

Olhar diretamente para o Sol durante um eclipse é prejudicial para os olhos de modo irreversível. A observação direta pode ser feita com instrumento especialmente adaptado para esse fim. O ideal é que se use filtros adequados. Mesmo assim, a observação não deve se estender por mais do que alguns segundos. Há como observar indiretamente, por meio de projeção. Não se deve utilizar de películas de raio X, óculos escuros ou outro material caseiro.

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