James Rodríguez é uma incógnita no São Paulo. O colombiano chegou em 2023 como uma grande contratação, vindo da Europa. Entretanto, pouco rendeu. Já neste ano, a questão é a própria permanência de James no Tricolor, já que ele não está sequer inscrito no Campeonato Paulista e foi o único a deixar de acompanhar a delegação são-paulina em Belo Horizonte para a Supercopa do Rei, vencida pelo São Paulo diante do Palmeiras, no Mineirão. Por ora, dirigentes e comissão técnica passam pano no caso. Mas uma rescisão não está descartada. Uma reunião entre as partes para discutir o assunto vai ocorrer nesta semana. O São Paulo tem uma gestão que procura resolver os problemas de forma rápida para que eles não prejudiquem a boa fase do time.
O motivo para James ficar em São Paulo foi uma insatisfação por não ter sido considerado para atuar pelo time. O jogador teve um estiramento na panturrilha direita em novembro e não joga desde então. Segundo a própria assessoria do São Paulo, a comissão técnica avalia que ele ainda não está em plena forma física. Ele optou por não viajar após ser comunicado que não jogaria. Igor Vinícius, Rodrigo Nestor e Lucas Moura, que estão lesionados, estiveram no Mineirão, junto de Muricy Ramalho, coordenador de futebol do clube.
Nem de longe o colombiano demonstrou publicamente o apoio ao time. Mesmo com o título, não há publicações nas suas redes sociais parabenizando os colegas e o próprio clube. Segundo apurado pelo UOL, James e São Paulo terão uma conversa para definir o futuro do atleta. Ele não estaria disposto a brigar por posição e esperar sua vez para atuar.
O contrato entre o São Paulo e o atleta vai até junho de 2025. O salário pago pelo clube bate em quase R$ 1 milhão por mês. A transferência não teve custos, já que James estava livre no mercado após deixar o Olympiacos, da Grécia. Entre as partes, não é desconsiderada uma rescisão amigável, mas esse não será o único caminho discutido.
Apesar do talento já mostrado pelo jogador na seleção colombiana e em clubes da Europa, o São Paulo não precisa necessariamente de James. No meio-campo do time de Carpini, há peças que têm funcionado melhor. Até mesmo na Supercopa do Rei, quando Lucas não pôde jogar, Nikão assumiu a vaga. O técnico aplicou uma nova função para Alisson, e deu certo. Com Galoppo e o retorno de Nestor, o São Paulo terá uma unidade melhor do que com a eventual entrada de James, que já demonstrou não gostar de ficar fora.
Isso porque, assim como Dorival havia criado uma “cara” para o São Paulo antes mesmo da chegada do colombiano, Carpini monta um time na ausência do astro. Soma-se a isso o fato de ele não estar sequer inscrito no Campeonato Paulista. O meia ainda não atuou nesta temporada. Há rumores sobre os valores devidos pelo São Paulo ao colombiano, o que seria outro descontentamento. Carpini, porém, colocou panos quentes na situação.
“À medida que essas cargas (de trabalho) forem equilibradas, e eles estiveram à disposição, vão ser inscritos e participar do processo. Foi perfeitamente normal. O James, o Michel, o Rafinha também não foi inscrito. Em relação à inscrição, não temos urgência, uma vez que não estão dentro das possibilidades físicas, dentro do que o São Paulo programou para cada um desses atletas para eles atuarem com segurança”, disse.
Ainda em 2023, James Rodríguez comentou sobre não saber do seu futuro e deixou aberto o caminho de saída, mas sem garantir que essa seria sua opção. Ele tem 14 jogos no São Paulo e um gol. James perdeu pênalti na eliminação do time da Sul-Americana. Em campo, ele ainda não deu sua resposta.
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