A Coréia do Sul superou nesta terça-feira o Japão por 34 a 21 em Tóquio e se classificou para as disputas do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Pequim. O Pré-olímpico asiático foi disputado novamente a pedido da Federação Internacional de Handebol (IHF), que ordenou a anulação das disputas masculina e feminina ante os protestos dos sul-coreanos. A IHF determinou a repetição tanto do torneio masculino quanto do feminino, disputados em setembro de 2007, depois que Coréia do Sul e Japão denunciaram um esquema de favorecimento para Kuwait e Casaquistão - que ficou com a vaga no feminino. As autoridades da Coréia do Sul apresentaram um protesto formal pela péssima atuação da dupla de árbitros jordanianos escalada de última hora para a partida entre a equipe e o Kuwait, em 1.º de setembro. A partida acabou surpreendentemente vencida pelo adversário por 28 a 20, classificando os kuwaitianos a Pequim. Inicialmente era prevista a presença dos alemães Lemme e Ullrich, mas ambos foram substituídos horas antes do início da partida pelos jordanianos. O russo Alexander Kozhukov, delegado da IHF, repreendeu os árbitros publicamente mais de uma vez. A federação determinou que o Pré-olímpico fosse disputado novamente até o fim de janeiro na Romênia. Porém, os kuwaitianos se recusaram a voltar à quadra. O país contou com a influência do príncipe Sheikh Ahmed Al-Fahad Al-Sabah, membro da Federação Asiática de handebol e do Conselho Olímpico da Ásia. Ele queria manter a vaga conquistada no torneio masculino. Al-Sabah não só se recusou a aceitar a nova disputa, mas também ameaçou punir os países que participassem da competição. Com isso, Kuwaite, Emirados Árabes, Qatar e Cazaquistão na decisão de não participar do Pré-olímpico novamente. Com isso, apenas Coréia do Sul e Japão repetiriam as partidas no masculino e no feminino, com partida entre as duas seleções nas duas disputas. Nesta quarta-feira ambas voltam a se encontrar, mas no confronto masculino. Por enquanto, os japoneses irão ao Pré-olímpico Mundial feminino.
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