Mary Robinson, ex-alta comissária de Direitos Humanos da ONU (1997-2002), afirmou hoje no México que os Jogos Olímpicos são um marco válido para realizar protestos públicos relacionados à falta de liberdades políticas na China e assuntos como a questão do Tibete. Veja também: Ativistas pelo Tibete são deportados após protestos em PequimPolícia chinesa impede protesto de ativistas na Praça da PazAtletas pressionam China por direitos humanos no Tibete "Não concordo com um boicote, nem da cerimônia de abertura nem dos Jogos Olímpicos, mas acho que é muito apropriado chamar a atenção sobre alguns dos problemas centrais dos direitos humanos", declarou hoje Robinson à Agência Efe. A também ex-presidente da Irlanda e atual presidente de honra da ONG internacional Oxfam, que discursa hoje na 27ª Conferência Internacional sobre aids, disse que entre os assuntos a serem reivindicados está o caso do "Tibete e também as liberdades políticas em geral" da China. "Quando disputava o direito de organizar os Jogos Olímpicos, este país fez substanciais promessas sobre liberdade de informação e livre acesso de jornalistas, mas agora estamos nos dando conta que estes aspectos estão sendo muito restringidos. É necessário atentar para isto", declarou Robinson. A um dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, a defensora dos direitos humanos afirmou que deve-se recordar às autoridades chinesas "os compromissos que adquiriram e que devem prestar conta disto".
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