PUBLICIDADE

Governo do Japão diz que país não participará do programa de vacinação do COI

'Não há mudança em nosso princípio de não tornar as vacinas um pré-requisito', disse Tamayo Marukawa, ministra japonesa para a Olimpíada

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O governo do Japão anunciou nesta sexta-feira que não participará do programa de vacinação criado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em um acordo com a China, para atletas e equipes que vão participar dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020, neste ano, e dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, no início de 2022.

Tamayo Marukawa, ministra japonesa para a Olimpíada, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, que o governo do Japão não foi consultado pelo COI sobre as vacinas chinesas e que os atletas japoneses não participarão do programa. Ela disse que as vacinas não foram aprovadas para uso em território japonês.

Tamayo Marukawa, ministra japonesa para a Olimpíada, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, que o governo do Japão não foi consultado pelo COI sobre as vacinas chinesas Foto: AP / Eugene Hoshiko, Pool

PUBLICIDADE

"Temos tomado medidas abrangentes contra doenças infecciosas para os Jogos de Tóquio, a fim de permitir a participação sem vacinas", disse Marukawa. "Não há mudança em nosso princípio de não tornar as vacinas um pré-requisito".

O COI anunciou na quinta-feira um acordo com a China para produção de vacinas para atletas e equipes. "Somos muito gratos por esta oferta (da China), que é uma demonstração do verdadeiro espírito olímpico da solidariedade", disse o presidente do COI, o alemão Thomas Bach. Sem entrar em detalhes de custos e valores, o dirigente disse que a entidade "vai pagar por doses extras" para os atletas olímpicos e paralímpicos.

Bach prometeu também liberar doses para o público em geral dos países que vão fazer parte do programa de vacinação do COI. "O COI vai pagar por duas doses extras, que poderão ser disponibilizadas para a população de cada país, de acordo com suas necessidades", declarou o presidente.

A distribuição será feita por meio de agências internacionais ou acordos de vacinação dos países com a China. O país asiático tem atuado fortemente junto a outros países na chamada diplomacia da vacina, por meio das empresas Sinovac e Sinopharm. De acordo com apuração da agência The Associated Press, a China já prometeu meio bilhão de doses da vacina para mais de 45 países nas últimas semanas.

Para o presidente do COI, o acordo com a China vai ajudar a realizar uma edição dos Jogos mais segura, em meio a rumores de cancelamento da Olimpíada - nas últimas semanas dirigentes do COI e do Comitê Organizador japonês vieram a público diversas vezes para garantir a realização do grande evento.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.