Após terem suas delegações banidas dos Jogos Paralímpicos de Inverno, realizados na China, por causa da invasão russa à Ucrânia, Rússia e Belarus anunciaram neste domingo a criação de um torneio substituto, entre os dias 18 e 21 de março, em Khanty-Mansiysk, na Sibéria Ocidental.
A competição terá seis esportes que compõem o Programa Paralímpico de Inverno dentro de sua programação: biatlo, curling, esqui alpino, esqui cross-country, hóquei no gelo e snowboard. Foi a maneira encontrada por Vladimir Putin para promover o evento esportivo. Desde o início da guerra, a Rússia sofre sanções de todas as naturezas, inclusive na área do Esporte.
Sob o lema "Nós estamos juntos, Esporte", o torneio premiará os atletas campeões com uma quantia de 4 milhões de rublos (aproximadamente R$ 200 mil). Os medalhistas de prata, por sua vez, receberão 2,5 milhões (R$ 130 mil) e os de bronze, 1,7 milhões (R$ 90 mil). Além dos medalhistas, técnicos e membros das comissões técnicas serão premiados.
Em preparação para o evento, a delegação de Belarus viajou neste domingo para a capital russa, Moscou, e seguirá para a cidade-sede nesta segunda-feira.
No fim de semana de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Inverno, na China, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons, afirmou que a exclusão dos atletas russos e de Belarus foi uma decisão correta.
"Em termos de clima, foi a melhor decisão, mesmo para eles, de excluí-los. O clima estava ficando muito volátil e isso não era bom para ninguém aqui". Antes da exclusão, o IPC havia autorizado a participação dos atletas sem bandeira e hinos, mas a pressão de outras delegações fez o orgão excluir definitivamente os atletas russos e de Belarus dos Jogos Paralímpicos de 2022.
A Rússia perdeu a sede da final da Ligas dos Campeões, que foi trocada de São Patersburgo para Paris. Também não terá mais corridas de Fórmula 1. A Fifa ainda tirou a seleção do país de Putin da Copa do Mundo do Catar, impedindo o time de desputar as Eliminatórias da Europa.
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