Em busca de conter gastos, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus, anunciou uma série de simplificações que serão implementadas na estrutura do evento. Dentre elas destacam-se a redução das comitivas olímpicas em até 15%, a reconfiguração de alguns aspectos da cerimônia de abertura e a redução da decoração das instalações olímpicas.
"Considerando o estado atual do mundo, temos discutido como seremos capazes de realizar Jogos seguros que podem conquistar a compreensão do público nestes tempos desafiadores. Este processo beneficiará a sociedade futura, tornando-se um modelo para eventos globais futuros conforme as pessoas se adaptam a viver no novo normal. Faremos todos os esforços para garantir que, no futuro, os Jogos de Tóquio-2020 sejam um legado", disse Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador.
Os atletas das delegações não serão afetados na redução proposta. O corte é direcionado a parceiros das entidades organizadoras que participam do evento como patrocinadores, mídia e outros convidados. Portanto, a participação de 11.091 atletas está mantida.
A cerimônia de recepção das delegações não contará com uma festa para cada país, o revezamento da tocha olímpica contará com menos veículos e voluntários, patrocinadores e imprensa não terão transporte para se deslocarem até o local da cerimônias de abertura e encerramento e a decoração dentro das instalações olímpicas será reduzida em até 40%.
O valor total economizado pelo Comitê Organizador será anunciado em outubro. Em decorrência da pandemia da covid-19, a Olimpíada de Tóquio acontecerá agora entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021. A Paralimpíada, por sua vez, está prevista para ser iniciada em 24 de agosto e encerrada no dia 5 de setembro.
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