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Os 'novos' campeões

CBF unifica Taça Brasil e ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competições disputadas entre os anos 50 e 60, conferindo-lhes o mesmo peso do Campeonato Brasileiro e dá presente a Santos e Palmeiras que subiram no ranking dos campeões nacionais

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Por Redação

Zito e Pepe beijam a Taça Brasil, que eles ajudaram o Santos a conquistar (Foto: Ernesto Rodrigues/AE)

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Mateus Silva Alves

Embora a CBF ainda não tenha anunciado oficialmente, o futebol brasileiro já sabe desde a noite de segunda-feira que a entidade decidiu unificar os títulos brasileiros, dando à Taça Brasil e ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competições disputadas entre os anos 50 e 60, o mesmo peso do Campeonato Brasileiro, que teve a primeira edição em 1971.

A notícia foi um tremendo presente de Natal para os torcedores de Santos, Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo, e Fluminense, que subiram no ranking dos campeões do Brasileirão.

Santistas e palmeirenses, diga-se de passagem, foram os principais beneficiados, já que agora os dois dividem a honra de serem os maiores campeões nacionais, com oito títulos cada: o Peixe tem cinco Taças Brasil, um Torneio Roberto Gomes Pedrosa e dois Campeonatos Brasileiros, enquanto o Verdão possui quatro Campeonatos Brasileiros, duas Taças Brasil e dois Torneios Roberto Gomes Pedrosa. Graças a essa novidade, Pelé torna-se o jogador com maior número de títulos brasileiros no currículo, com seis conquistas.

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Se os torcedores dos times beneficiados pela novidade estão empolgados, o mesmo se pode dizer dos heróis daquelas conquistas. "Estou muito feliz. O Santos foi o melhor da década (de 60). É uma questão de justiça reconhecer aqueles títulos", afirmou o ex-ponta Pepe, que ontem posou com os troféus conquistados na época de ouro do Peixe junto com Zito. "Nós já nos reconhecíamos como campeões brasileiros. Agora, com o reconhecimento da CBF, é melhor ainda", falou o ex-volante.

Um dos nomes mais reluzentes da história do Santos, Zito resumiu bem o sentimento da maioria dos jogadores que conquistaram a Taça Brasil e o Roberto Gomes Pedrosa. Eles já se sentiam campeões brasileiros antes mesmo do reconhecimento da CBF, como atesta o ex-goleiro Raul, campeão da Taça Brasil de 1966 com o Cruzeiro.

"Sinceramente, eu já me sentia campeão brasileiro porque sei que aquele era o principal torneio do País na época", disse Raul. "Para mim não muda muita coisa, mas é uma ótima notícia para o clube e para os torcedores."

Símbolo de uma época em que o Palmeiras impunha medo a seus adversários, Ademir da Guia ficou feliz da vida com a notícia. "Estávamos aguardando ansiosamente por isso", contou ele. "Demorou muito tempo e, agora que veio, para a nossa história é muito importante, porque ganhamos isso em campo e não éramos valorizados."(colaborou Ana Paula Garrido)

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