Vírus de celular se multiplicam

O risco de ataques virtuais para quem tem smartphone e tablet com sistema Android é cada vez maior. Levantamento feito pela F-Secure, fabricante de software de segurança, mostra que o número de vírus que infectam esses aparelhos cresceu 270% nos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2011

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Por Redação
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LUCIELE VELLUTO O risco de ataques virtuais para quem tem smartphone e tablet com sistema Android é cada vez maior. Levantamento feito pela F-Secure, fabricante de software de segurança, mostra que o número de vírus que infectam esses aparelhos cresceu 270% nos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2011. A F-Secure identificou 37 novos tipos de códigos maliciosos que podem afetar o sistema Android no primeiro trimestre deste ano, ante 10 no mesmo período de 2011. Em 12 meses, o número de ameaças em pacotes de aplicativos para a plataforma saltou de 139 para 3.069, um crescimento de 2.100%. De acordo com Ascold Szymanskyj, vice-presidente de vendas e operações da F-Secure para a América Latina, o forte crescimento de vírus para Android ocorre porque esse sistema operacional é o mais usado em todo o mundo. "O Android é a plataforma que mais cresce no mundo, com mais de 850 mil ativações diárias de dispositivos e mais de 450 mil aplicativos disponíveis, segundo dados do Google. Logo, é natural que haja mais ameaças direcionadas para este sistema", afirma. No Brasil, metade dos 4,8 milhões de smartphones vendidos em 2011 tinham essa plataforma. O aumento dos vírus para Android também está relacionado aos hábitos dos usuários de equipamentos de acesso móvel à internet, que optam cada vez mais por esse meio para movimentar e consultar suas contas bancárias. No entanto, ao contrário do que é comum para quem tem um desktop ou notebook, a instalação de softwares de segurança em tablets e smartphones não é tão difundida. "As pessoas devem se reeducar digitalmente. Infelizmente os brasileiros não têm a mesma preocupação em ter seu dispositivo móvel protegido. Quase todo mundo tem um software de proteção em seu PC ou laptop, mas isso não se reflete no ambiente móvel", diz Szymanskyj. De acordo com o professor de MBA em gestão de segurança da informação da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), Marcelo Lau, a infecção dos aparelhos de acesso móvel é feita por aplicativos maliciosos. "A maioria é de programas para entretenimento, que são os mais baixados, mas também escondem um código que pode roubar dados do usuário", explica. Mesmo nas lojas das fabricantes do sistema operacional, como o Google para Android e Apple para IOS, não há garantia de que os aplicativos são seguros.  A recomendação do professor de informática do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Holderegger, é que se busque informações, como avaliação de outros usuários antes de baixar o aplicativo. "E veja se tem realmente a necessidade daquele aplicativo. Não se deve sair fazendo download de tudo por aí", afirma. Para se prevenir, existem vários antivírus gratuitos oferecidos pelas mesmas fabricantes de software para computador. "Os gratuitos já ajudam bastante. Ele vai pode dizer se o aplicativo a ser baixado contém ou não código malicioso", afirma Holderegger.  ::

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