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Opinião | Dorival balança no cargo; Filipe Luís e Ancelotti, de novo, surgem como nomes para a seleção

Ednaldo não gostaria de desfalcar o Flamengo antes do Mundial de Clubes da Fifa; Roger Machado e Rogério Ceni também foram sugeridos por pessoas próximas ao mandatário da CBF

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Foto do author Marcel Rizzo

A goleada sofrida pela seleção brasileira para a Argentina, nesta terça-feira (25), foi o empurrão definitivo para Dorival Júnior balançar no cargo. Mesmo antes da derrota em Buenos Aires, havia pressão de aliados sobre o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, com perguntas sobre o futuro do treinador. A avaliação vai além dos resultados e se fixa em desempenho, considerado ruim.

Nas últimas semanas, Ednaldo esteve em reuniões diárias para montar a chapa de sua reeleição, confirmada na segunda-feira (24), e futura diretoria, e o nome que mais ouviu foi o de Filipe Luís, do Flamengo.

Dorival Júnior fica na corda bamba após goleada e pode ser trocado em breve. Foto: Juan Mabromata/AFP

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Já há um discurso pronto de que Filipe Luís poderia ser no Brasil o que Lionel Scaloni tem sido para a Argentina. Um técnico novato, sem experiência, mas que agrega o fato de ter histórico na seleção como jogador, bom relacionamento com elenco e abertura para novas ideias.

O projeto englobaria formato igual ao dos argentinos, que têm quatro ex-jogadores da seleção na comissão técnica: Scaloni, Aimar, Ayala e Samuel. Filipe Luís poderia “convocar” ex-companheiros.

Não se sabe se o ex-lateral aceitaria e há um problema: Ednaldo não gostaria de desfalcar o Flamengo antes do Mundial de Clubes da Fifa, que será entre junho e julho. No começo de junho, pouco antes do Mundial, há uma Data-Fifa, com jogos do Brasil contra Equador, fora, e Paraguai, em casa.

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Antes da goleada em Buenos Aires, a avaliação de aliados do presidente é que Dorival não sairia antes de junho justamente porque o pós-Mundial pode dar opções à CBF. Mas o vexame no Monumental de Núñez mudou esse cenário.

Há outro nome para o meio do ano. Lembram de Carlo Ancelotti? Era o preferido de Ednaldo Rodrigues logo depois da Copa do Mundo do Catar. O italiano conversou, mas renovou com o Real Madrid. Esse novo acordo com o clube espanhol termina em julho, após o Mundial. Há dentro da CBF quem aposte que Ednaldo poderia esperar para ver o que Ancelotti vai fazer da vida, mas a goleada sofrida em Buenos Aires, novamente, alterou qualquer previsibilidade.

Nas conversas por sua eleição, Ednaldo ouviu a sugestão de dois outros profissionais. Roger Machado faz um bom trabalho no Internacional e agregaria na campanha contra o racismo, uma bandeira do treinador e mote da campanha de reeleição do presidente da CBF que deve guiar seu próximo mandato, que vai até 2030.

Rogério Ceni, atualmente no Bahia, tem alguns fãs entre amigos de Ednaldo. O Grupo City, que administra a SAF do Bahia, se aproximou da CBF, com visita no fim de 2024. O presidente da Federação da Bahia, Ricardo Lima, é um dos dirigentes mais próximos de Ednaldo, que é baiano. Lima foi eleito como vice-presidente da CBF para o próximo mandato, que começa em março de 2026, além de ser casado com uma cunhada de Ednaldo.

Seriam opções imediatas, que não empolgaram. Aguardar o meio do ano, após o Mundial de Clubes, era um cenário interessante, mas a surra que o Brasil levou dos maiores rivais deve antecipar a saída de Dorival e alterar os planos de Ednaldo. O certo é que um novo treinador terá pouco mais de um ano até a Copa do Mundo.

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Opinião por Marcel Rizzo

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas foi repórter e editor no Diário Lance, repórter no GE.com, Jornal da Tarde, IG e Itatiaia, colunista na Folha de S. Paulo (Painel FC) e no UOL. Cobriu in loco três Copas, quatro Copas América, Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes e finais de diversos campeonatos.

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