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Opinião | Seleção mantém ‘padrão Dorival’: modelo que não funciona e que depende da individualidade

Brasil tem atuação irregular em vitória sobre a Colômbia; Raphinha e Vini evitaram tropeço em lances individuais

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Foto do author Marcel Rizzo
Atualização:

Uma seleção brasileira novamente com falhas coletivas esteve em campo na vitória sobre a Colômbia por 2 a 1, nesta quinta-feira (20), no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Uma atuação fraca que tem se tornado regra com Dorival Júnior, que parece preso a um modelo que não funciona. E que precisou da individualidade de Raphinha e Vinícius Júnior para vencer.

O início de jogo dos brasileiros foi semelhante a outros da era Dorival Júnior e deu impressão, falsa, de que seria o dia de uma atuação empolgante.

Dorival Júnior completou uma ano à frente da seleção brasileira. Foto: Wilton Junior/Estadão

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Dorival fez mistério no pré-jogo sobre a escalação, mas colocou em campo o time que treinou nos dois dias de trabalho em campo em Brasília. Raphinha como o homem atrás do trio ofensivo Vini Jr., João Pedro e Rodrygo.

O corte de Neymar, por lesão, obrigou o treinador a manter no time um centroavante de ofício, João Pedro, como foi Igor Jesus nos jogos finais de 2024. Dorival, em suas entrevistas, demonstra incerteza com relação a essa formação, mas insiste nela. Igor nem foi convocado para esta Data Fifa.

Quando decidiu tirar João Pedro, a opção não foi Endrick, o centroavante reserva. Dorival adiantou Raphinha, como referência, e lançou Matheus Cunha para jogar como meia. Houve vaias, que não era a primeira, e nem seria a última da noite.

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Vini Jr. e Rodrygo novamente não chegaram perto das atuações pelo Real Madrid, enquanto Raphinha teve um lampejo do craque do Barcelona no passe preciso para Vini sofrer o pênalti que originou o gol.

Dorival não encontra uma maneira de fazer com que suas três estrelas joguem bem. Se coloca um centroavante, falta criatividade. Se arrisca com os três na frente, e um meia, a bola parece não ficar no ataque, e pressiona a defesa.

Ele reclama que não tem tempo para treinar, mas quando assumiu sabia que seria assim, como foi para todos os técnicos da seleção em tempos recentes. Em entrevistas disse perceber o time em evolução, mas isso não se reflete em campo. No final, viu Vini Jr. marcar um golaço, de fora da área, e evitar o empate.

Pouco para o elenco talentoso, principalmente na frente, que tem em mãos.

Opinião por Marcel Rizzo

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas foi repórter e editor no Diário Lance, repórter no GE.com, Jornal da Tarde, IG e Itatiaia, colunista na Folha de S. Paulo (Painel FC) e no UOL. Cobriu in loco três Copas, quatro Copas América, Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes e finais de diversos campeonatos.

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