Vinte e cinco anos depois de Mike Tyson morder e arrancar um pedaço da orelha de Evander Holyfield em pleno ringue, os dois ex-boxeadores se juntaram para fazer o lançamento do Holy Ears, uma linha de produtos comestíveis feita de cannabis e com formato de orelha em clara alusão a uma das lutas mais marcantes da história do boxe (leia mais abaixo) protagonizada por ambos em 1997.
Em um vídeo divulgado nas redes de Tyson nesta segunda-feira, 14, o lendário e polêmico boxeador aparece ao lado de Holyfield em uma suposta troca de presentes na noite de Natal. Um dos presentes de Tyson ao colega é um pacote do produto no sabor de torta de cereja.
Incrédulo, Holyfield discorda: “Minha orelha não tem gosto de torta de cereja”. Mas é prontamente rebatido por Tyson: “Tem sim, eu comi e eu posso afirmar.”
A inusitada peça publicitária visa divulgar um novo produto da empresa de Mike Tyson, a Tyson 2.0 Global. Desde 2018, o ex-boxeador atua como empresário do ramo da cannabis e já chegou a lançar até chicletes feitos da matéria-prima. No site, as Holy Ears (Orelhas Sagradas, em inglês — mas que faz alusão também à parte do nome de Holyfield) são vendidas nos sabores de torta de cereja, maçã, melancia e amora. Todos os pacotes saem pelo preço de 29 dólares.
A luta
Em 28 de junho de 1997, Mike Tyson e Evander Holyfield protagonizaram uma das lutas mais famosas da história do boxe.
No terceiro round, irritado por sentir que Holyfield estava praticando cabeçadas desleais, Tyson resolveu morder a orelha do adversário, arrancar um pedaço e cuspir no chão. Depois de muita confusão, gritos de dor e tempo para os médicos estancarem o sangramento, a luta foi reiniciada, com Tyson sofrendo uma punição de dois pontos.
De volta aos ringues, nova mordida: Tyson voltou a abocanhar e arrancar mais um pedaço da orelha de Holyfield. A agressão fez o árbitro encerrar a luta, e decretar Holyfield vencedor do duelo.
Depois do episódio, Mike Tyson teve a licença para lutar boxe cassada pela Comissão Atlética de Nevada, que aplicou ao boxeador, ainda, uma multa de 3 milhões de dólares.
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