O jornalista Roberto Carmona morreu na madrugada deste domingo, dia 4, aos 86 anos. Lenda do rádio e um dos profissionais mais reverenciados da imprensa de São Paulo, ele também era um dos repórteres esportivos com maior experiência no Brasil, contabilizando seis décadas de carreira na beira dos gramados, sempre como repórter. Carmona havia acabado de passar por uma cirurgia na coluna e foi vítima de uma infecção.
Em sua trajetória profissional, Roberto Carmona passou por grandes rádios do País, como Rádio Nacional (Globo), Jovem Pan, Record, Bandeirantes, Gazeta e Excelsior. Nos últimos anos, ele trabalhava como repórter da Rádio Transamérica, sempre com futebol.
Nascido no interior de São Paulo, em Presidente Bernardes, o “Senhor do Rádio” se mudou aos três anos para o Paraná, onde encontrou uma das paixões da sua vida: o Athletico Paranaense. Carmona deixa quatro filhos e oito netos. A história dele é contada no livro “O Senhor do Rádio: A fantástica história de Roberto Carmona, o repórter que viveu os anos dourados do rádio esportivo brasileiro”, da Editora Kelps, lançado neste ano.
A morte do repórter repercutiu entre jornalistas e clubes de futebol. André Hernan, Silvio Luiz, André Henning lamentaram em suas contas no Twitter, assim como o perfil oficial do Corinthians. Roberto Carmona cobriu todos os times de São Paulo, como o próprio Corinthians e Palmeiras.
Ele viu de perto os melhores jogadores do futebol brasileiros nas cinco últimas décadas. O rádio era sua paixão. Era o único repórter de campo a usar bermuda com a autorização da Federação Paulista de Futebol porque tinha um problema de irritação na pele. Além dos amigos, também tinha o respeito de jogadores e técnicos.
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