Entenda como empresa brasileira pretende revolucionar cenário das NFTs com os CryptoPlayers

Projeto quer crescer aproveitando a paixão por figurinhas e interesse por causa da Copa do Mundo no Catar no final deste ano

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Por Sergio Neto
Atualização:

Está enraizado na cultura brasileira o gosto por colecionar álbum de figurinhas, principalmente em época de Copa do Mundo. A infância de quase todos no Brasil foi marcada por troca de cromos nas escolas e ruas, além de brincadeiras como o "jogo do bafo".

Em época de novas transformações digitais, cada vez mais a interação com a tecnologia se faz necessária. Com isso, surge a CryptoPlayers, uma plataforma digital de apenas três meses de criação onde os participantes poderão colecionar figurinhas digitais dos mais diversos atletas, aliado ao investimento no mundo das NFTs.

Álbum de firuginha digital? NFT? Entenda o que são os CryptoPlayers! Foto: Divulgação/CryptoPlayers

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O Estadão conversou com exclusividade com Diogo Ruiz, CEO do projeto. Ele fez questão de enfatizar, em diversas oportunidades, que o objetivo é aliar o futuro - já presente - do investimento em NFTs com a diversão característica do povo brasileiro que, apaixonado por futebol desde a infância, sempre procura um meio de se divertir com o esporte.

"Diversão em primeiro lugar", disse Ruiz. "Não se fala em 'investimento'. Pode sim, ser que o projeto estoure. Mas não é esse o nosso discurso. Nosso discurso é de se divertir. De usar a tecnologia, de aprender se divertindo. É democratizar um negócio que vai mudar a nossa vida, se já não mudou". É mais que um jogo ou um investimento. É a oportunidade de entrar em um mundo desconhecido, promissor, de uma maneira lúdica e com potencial de render bons frutos."

MAS, AFINAL, O QUE É UMA NFT?

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Para um entendimento amplo, podemos dizer que uma NFT é uma patrimônio digital. Ruiz faz uma comparação com uma obra de arte. Sim, é possível imprimir uma foto da Monalisa, de Leonardo da Vinci. Mas aquela não é a pintura real. Uma NFT entra neste sentido. "Como vamos viver cada vez mais nesse mundo virtual, também vamos querer ter as coisas que sejam verdadeiras", disse o CEO. "A gente vai querer ter as nossas obras digitais que são as verdadeiras."

No CryptoPlayers, o jogador fará um investimento inicial, uma compra, e terá a propriedade sobre figurinhas de jogadores de futebol, como cards colecionáveis de um álbum. A partir daí, será possível realizar trocas com outros participantes, bem como realizar jogos em que os cards serão colocados como recompensa. "E digo mais: não é questão apenas de ter a posse e dizer que você tem. O que as NFTs permitem é o acesso que isso vai te trazer."

Ruiz explica que existem outras estratégias para tornar o negócio atrativo. Ele conta que, em determinada semana, quem tinha três CryptoPlayers poderia escolher uma camisa de uma seleção à sua escolha caso sorteado em um concurso. "Por que não, quem tiver o álbum completo, não concorrer a uma viagem ao Catar para assistir a final da Copa?", indagou.

"O digital nos permite isso com muita facilidade. E a tecnologia está a nosso favor, porque ela garante a certificação de que aquilo é seu mesmo", explicou. "Eu acredito muito nessa vida híbrida. A gente vai estar vivendo o virtual, mas vamos estar vivendo o físico também. A gente quer trazer isso para os CryptoPlayers."

COMO FUNCIONAM AS FIGURINHAS

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As figurinhas, num primeiro momento, funcionam que nem os cromos da 'vida real'. Um participante pode adquirir o jogador de sua escolha. Existem diferenças de valores, habilidades e tiragens. Mas, o CryptoPlayers não se limita a apenas isso. Ruiz conta ao Estadão que a ideia é sim chegar ao público como um 'álbum da Copa digital', mas que o objetivo é sempre procurar evoluir.

No Play to Earn, o participante pode jogar com uma carta comum. Em caso de cinco vitórias consecutivas, por exemplo, o sistema oferece uma 'poção' para que as habilidades do jogador aumentem. Ao vencer uma liga, por exemplo, é possível ganhar um card de maior potencial. E assim sucessivamente.

"A figurinha vai ser o gatilho para o jogo", conta o CEO. "São duas coisas. A primeira é que todo mundo vai poder jogar. Vai ser acessível para todos. Quem não quiser jogar apostando vai poder jogar normalmente. Quem quiser jogar para fins de investimentos, vai poder também. É ser extremamente democrático, como tem de ser", enfatizou. "Está errado esse negócio de restringir tecnologias emergentes para pouquíssimas pessoas. Isso é errado."

PIONEIRISMO

O mundo da tecnologia exige cada vez mais que as pessoas se envolvam em negócios digitais. Porém, o cenário ainda é tímido e gera muitas incertezas. Mas, Ruiz confia no seu projeto e garante que não existe nada igual ao CryptoPlayers no Brasil e no mundo. "É o primeiro álbum da Copa no metaverso, com toda a certeza", garantiu.

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"Ele é pioneiro dentro da proposta de coleção, ele é pioneiro dentro do roadmap (uma espécie de 'mapa' que visa organizar as metas de desenvolvimento de um software) de jogo que ele quer trazer. E ele é pioneiro no uso da tecnologia. Volto a dizer: o que a gente está fazendo já é existente. O álbum já é existente. Um 'super trunfo' já é existente. Só que a gente faz um mix", disse.

Ruiz ilustrou sua explicação com o modo play to earn, dizendo que é muito mais que apenas a dinâmica de um fantasy ao aproveitar também características de jogos de cartas de RPG e de estratégia. "Não me importo em dizer que ele não precisa ser unicamente relacionado à Copa do Mundo. Ele pode migrar para diversas outras histórias, inclusive, você tendo o seu próprio CryptoPlayer."

QUEM PODE PARTICIPAR E COMO FAZER

O CryptoPlayers se mostra bem interessado em facilitar o acesso de todos aqueles interessados. O CryptoPlayers mais acessível custa R$ 10 e pode ser comprado por PIX. A plataforma também realiza promoções, em que esse valor pode ser reduzido.

"A gente te dá todo o passo a passo para começar sua coleção", garantiu Ruiz. "Desde criar sua carteira cripto, para poder efetivamente ter uma NFT, fazer o processo de compra. Pode ser até por criptomoeda. Mas como a gente sabe que a maioria das pessoas é a primeira vez que está adquirindo, a gente está dando todo o suporte. Temos tutorial e uma equipe totalmente à disposição para fazer as pessoas entrarem nesse universo."

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"A gente está vivendo a mesmíssima coisa de como quando começou a internet, que tínhamos que acessar de madrugada", comparou. "É aquela frustração inicial de início de tecnologia. Mas a gente bate na tecla para a galera ter paciência, que é apenas o começo. Que vai melhorar a cada dia, e é isso que estamos fazendo."

PERSPECTIVAS

A curto prazo, o CryptoPlayers faz a programação do 'super trunfo', para que entre abril e maio já esteja disponível para os colecionadores. O projeto também começa agora com o investimento seed (semente) de alavancagem do negócio e de desenvolvimento dos novos jogos que ainda virão, esta captação tem como destino o play to earn, em que os colecionadores poderão ser como verdadeiros gestores de seus times. Esta modalidade está prevista para ser lançada em agosto.

A longo prazo, Ruiz foi bem categórico: "Para os próximos anos, com toda certeza, será um dos maiores jogos de NFT do mundo. Com o time que estamos trazendo e os que já temos perto da gente, não tenho dúvida que temos potencial. O oceano é azul. Não tem ninguém fazendo isso para gente. Esse é um super diferencial", afirmou. "Quem corre antes, bebe a água mais pura", comparou.

ARRECADAÇÃO

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O CryptoPlayers, explica Ruiz, já está faturando. Os CryptoPlayers, como moeda de valor, são baseados em ativos digitais. A estimativa do CEO é que já foram vendidos mais de R$ 20 mil em CryptoPlayers. "A estimativa é de que até o final do ano a gente fature mais de 100 milhões de dólares somente com essa coleção", projetou. "A expectativa é de uma margem alta por conta de ser uma empresa de tecnologia'', explicou. "A construção da infraestrutura inicial é cara. E depois a gente sabe que a geração de caixa é muito alta, com alta rentabilidade."

PROJETO DE EXPANSÃO

O CryptoPlayers não conta com figurinhas de jogadores reais, mas a expectativa é para tal. "Eu estava conversando com o Tiago Leifert e ele falou uma coisa muito legal e é uma dinâmica que a gente quer nos CryptoPlayers", disse o CEO. "Não é a gente que vai querer ter o jogador nos CryptoPlayers. É o jogador que vai querer estar aqui dentro."

Por se tratar de um jogo lúdico, ele não necessariamente precisa ter uma correlação com o mundo real, explicou Ruiz. "Talvez, seja o mundo real que queira estar no lúdico, e não o inverso", disse.

COMO DESPERTAR O INTERESSE DAS PESSOAS

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"Cara, eu acho que a gente é o país do futebol. A gente é o país que mesmo com todas as adversidades de infraestrutura, de tecnologia, a gente é um dos países que mais usa aplicativos no mundo, redes sociais de modo geral. A gente é um país de pessoas curiosas, de pessoas que querem fazer parte, independente de todas as dificuldades.A gente vai aliar tudo isso, somado ao ano da Copa para que a gente possa introduzir uma tecnologia com um tema que é comum para todo mundo", disse Ruiz.

"Reitero que o projeto tem alcance global. Temos gente que compra nos Estados Unidos, gente que compra na China, na Europa... Claro que, por enquanto, nossa força é maior no Brasil por causa que o projeto começou aqui. A comunidade é brasileira. Mas a gente consegue ver claramente que o projeto funciona mundo afora. É tecnologia, né? Não tem barreiras."

"Então essa é a mensagem final. A gente vai colaborar para a democratização de uma tecnologia emergente, mas que vai revolucionar a nossa vida", finalizou.