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Olimpíadas 2024: Pedro Barros já tem a prata de Tóquio e busca o ouro do skate park em Paris

Único brasileiro da modalidade remanescente de Tóquio lidera novo time nos Jogos Olímpicos

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Foto do author Leonardo Catto
Atualização:

Oito vezes campeão do mundo, seis de X Games e a prata em Tóquio-2020, Pedro Barros chegou aos Jogos Olímpicos de Paris-2024 como referência para a equipe de skate park do Brasil. Foi assim já no Mundial de Skate disputado nos Emirados Árabes Unidos, em fevereiro de 2023, por exemplo. Pedro era o mais experiente de uma equipe que também tinha Luigi Cini e Augusto Akio. Hoje, os três vão à final da modalidade em Paris.

“É legal demais ver essa nova geração chegando com tudo. Isso mostra que todo o trabalho feito lá atrás, foi bem-feito. E isso é um dos pontos mais importantes, o crescimento do skate. Na verdade, acho que o que muda é que terão ainda mais nomes fortes competindo, mas essa geração também tem os valores da filosofia do skate e vai ser demais dividir pista com todos”, comentou Pedro Barros, no começo do ano passado, ao Estadão.

O catarinense tem relação com skate desde 1 ano de vida. O pai, André Barros, tinha uma loja de surfe e passou adiante a paixão pelos esportes radicais. Pedro caiu, aprendeu e ganhou o mundo. Em Paris, ele tem os aplausos do seu André na arquibancada.

Pedro Barros foi o brasileiro mais bem colocado na classificação à final. Foto: Odd Andersen/AFP

Pedro Barros superou doping por derivado de maconha antes de Tóquio

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Cair e levantar, costume do skate, também fez parte da carreira de Pedro Barros. Em 2018, o atleta arriscou pegar uma suspensão de dois anos após ter sido flagrado no antidoping por uma substância derivada da maconha, em um torneio em Santa Catarina.

Na época, a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) se esquivou. A entidade disse que o campeonato “não se tratava de uma competição oficial da Confederação e sim um dos grandes eventos particulares de skate realizados no Brasil”.

A Agência Mundial Antidoping (Wada) já chegou a elevar consideravelmente o nível mínimo de tolerância do princípio ativo da maconha em exames antidoping. Segundo a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Pedro extrapolava essa marca na época.

O skatista escapou de uma punição pesada e recebeu uma sanção de seis meses, contando a partir de janeiro de 2018. Foi isso que lhe permitiu ir a Tóquio.

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Pedro Barros é o único brasileiro do park masculino que disputou Tóquio e voltou em Paris. Foto: Franck Fife/AFP

Empreendedor e fã de Ayrton Senna

Ele e o pai trabalham com uma marca própria de cervejas, a LayBack. Desde 2018, decidiram investir em espaços próprios, chamados de LayBack Park, com bar, pista de skate, foodtrucks e lojas. A franquia já se espalhou além de Florianópolis, chegando a São Paulo, e a pretensão é abrir uma unidade nos Estados Unidos. Em 2022, a expectativa era de faturar R$ 60 milhões, o dobro do faturamento de 2021.

A paixão pelos esportes radicais também está no automobilismo. Pedro Barros já confessou ter o hábito de assistir a documentários e vídeos sobre Ayrton Senna, morto um ano antes de Pedro nascer. Em comum, o atleta diz que também é obcecado por vencer, a exemplo do tricampeão mundial de Fórmula 1.

Em Tóquio, ele chegou também com Luiz Francisco e Pedro Quintas na final do skate park. Agora, novamente tem mais dois brasileiros junto dele. O cenário é semelhante, mas a medalha que ele quer não é mais a prata. Para ele, o objetivo é de ouro.

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