PUBLICIDADE

Olimpíadas 2024: Rayssa Leal chora, mas se recupera, bate recorde em Paris e vai à final

Brasileira flerta com a eliminação, mas faz a maior nota da história na fase de manobras, e mantém viva a chance de medalha

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Atual vice-campeã olímpica, a brasileira Rayssa Leal não teve um bom início, mas conseguiu se recuperar, obteve a melhor nota da história olímpica na fase de manobras e se classificou para a final do skate street em Paris-2024 que acontece neste domingo, às 12h (de Brasília), e reúne as oito melhores skatistas. Rayssa avançou na 7ª posição. Na disputa por medalha, a pontuação das competidoras é zerada.

Veja também

Rayssa Leal está na final do skate street feminino Foto: Vadim Ghirda

PUBLICIDADE

No skate street, as competidoras tem duas voltas de 45 segundos e cinco manobras únicas. A melhor nota na fase de voltas e as duas melhores na de manobras são computadas para a contagem final.

Na primeira parte da disputa, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras.

“Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um evento muito grande, aconteceu”, afirmou Rayssa à Cazé TV antes do início da quarta e última bateria.

Sob pressão, ela buscou a recuperação nas manobras e parecia bem menos tensa. Antes de suas tentativas, aparecia balançando o corpo, mais descontraída. Conseguiu 85,87 na primeira tentativa e 88,87 na segunda. Naquele momento já era a melhor da bateria. Recebeu 92,68, a maior nota da história olímpica, na terceira manobra e zerou nas duas últimas tentativas. Terminou com 241,43 na quinta posição antes da última bateria, que tinha cinco competidoras.

“Muita gente, muito barulho. Deixei me levar pelo barulho”, afirmou a brasileira, ressaltando que a Olimpíada é uma competição muito diferente das do circuito de skate.

Publicidade

Aos 13 anos e 203 dias, a skatista se tornou nos Jogos de Tóquio, a mais jovem brasileira não apenas a participar de uma edição olímpica, mas também a conquistar uma medalha. Pela segunda vez seguida, ela chega aos Jogos como a mais nova da delegação brasileira e com chance de se tornar ainda a mais jovem campeã olímpica do país.

As outras duas brasileiras na disputa não conseguiram avançar à final. Pamela Rosa terminou com 205,23, e Gabi Mazetto fechou com 145,75. “É até engraçado, parece que a história se repete”, afirmou Pamela à Cazé TV. “Dois dias antes da competição eu torci o pé de novo. Só de estar aqui e representar o skate feminino para mim é gratificante”, completou ela, chorando.

A brasileira se referia ao que aconteceu nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando era uma das principais favoritas ao pódio na estreia olímpica do skate. Ela era a líder do ranking mundial, mas ficou fora da final e terminou na 10ª colocação. Depois da disputa, ela revelou que havia rompido o ligamento do tornozelo esquerdo dois dias antes de viajar ao Japão.

Gabi Mazetto, que disputou sua primeira Olimpíada, se mostrou satisfeita. “Tô bem feliz. Realizei um sonho”, afirmou ela. “Skate é isso, a gente acerta, a gente erra.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.