Olimpíadas 2024: Rayssa Leal manda mensagem religiosa em Libras; ato é proibido pelo COI

Antes de conquistar a medalha de bronze, skatista usou gestos na transmissão em sua apresentação, o que chamou a atenção dos internautas

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Por Daniel Vila Nova
Atualização:

Um gesto feito por Rayssa Leal durante a transmissão da etapa classificatória do skate street feminino nas Olimpíadas de Paris chamou atenção dos telespectadores. Na manhã deste domingo, dia 28 de julho, a medalhista de bronze gesticulou para a câmera e enviou uma mensagem de cunho religioso usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Jesus é o caminho, a verdade e a vida”, afirmou a brasileira.

O gesto repercutiu nas redes sociais. A mensagem foi transmitida pela atleta antes da conquista da medalha de bronze no skate street em Paris. Procurado, o COI ainda não se manifestou.

Em Libras, Rayssa Leal manda mensagem religiosa: "Jesus é o caminho, a verdade e a vida" Foto: Reprodução/CazéTV

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A jovem de 16 anos afirma que tem o costume de repetir a mensagem antes das competições de que participa. Ela é evangélica, da Igreja Batista em Imperatriz, no Maranhão. Com o gesto, Rayssa “driblou” uma recomendação para que os atletas não façam manifestações religiosas durante as competições. O objetivo é manter a laicidade do evento, ou seja, a imparcialidade em relação às questões religiosas, sem apoiar ou se opor a nenhuma religião.

Em 2023, o Ministério de Esportes da França, por meio da ministra Amélie Oudéa-Castéra, determinou que o uso de símbolos religiosos durante as Olimpíadas seriam proibidos. A medida, inclusive, fez com que algumas atletas francesas não disputassem os jogos por conta da utilização do Hijab, o véu islâmico da religião muçulmana.

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Após uma dramática disputa na fase final, quando sempre esteve buscando alcançar as adversárias, Rayssa conquistou a medalha de bronze em uma manobra incrível na última tentativa. Assim, tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições diferentes dos Jogos.

“Fiquei muito nervosa, não vou mentir. A torcida foi demais. Nunca tinha sentido isso. Meu time me motivou, me deu um abraço. Eu estava cabisbaixa e achava que não dava mais certo. Na pressão, a gente esquece o real motivo de andar de skate. Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir, levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”, disse à Cazé TV.

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