O brasileiro Altobeli Silva herdou duas posições na final dos 3.000 metros com obstáculos após a desclassificação do queniano Ezekiel Kemboi, que tinha ficado com o bronze, e do tunisiano Amor Ben Yahia, e pulou do 11º para o 9º lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, no Engenhão.
Mesmo fora do pódio, ele fez história. A última vez que o País teve um representante olímpico na prova havia sido em Atlanta-1996, com Clodoaldo do Carmo. O atleta da casa terminou a corrida em 8min26s30 e ficou desapontado.
"Não fiquei muito feliz com meu tempo. Agora vou sentar e analisar o que vou fazer. Vou tirar uns dias para a minha cabeça. Tem a possibilidade de continuar investindo nessa prova, mas preciso que outras pessoas também acreditem. Não vou continuar batendo sozinho em uma tecla", desabafou.
Medalha de ouro, Conseslus Kipruto, do Quênia, quebrou o recorde olímpico ao cravar 8min03s28. A prata ficou com o norte-americano Evan Jager (8min04s28) e o bronze acabou nas mãos do francês Mahiedine Mekhissi, que entrou com recurso. O júri estudou o vídeo da corrida e confirmou que Kemboi saiu da pista na curva após o fosso de água.
A corrida no Rio também marcou a aposentadoria do queniano. "A prova dos 3.000 metros com obstáculos no Rio foi a última da minha longa carreira de 18 anos", disse Kemboi, logo após a prova. Aos 34 anos, o atleta conquistou dois ouros olímpicos e quatro títulos mundiais em sua vitoriosa carreira.
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