Em busca do bicampeonato olímpico no vôlei, a seleção masculina está em Rimini, na Itália, para a disputa da Liga das Nações. A competição começou na terça, 25, e vai até 27 de junho. Um dos principais jogadores do Brasil, o ponteiro Lucarelli está otimista e espera repetir a dose dos Jogos do Rio, quando ajudou na conquista da medalha de ouro. "A expectativa é sempre muito grande, ainda mais porque vencemos em 2016", diz o atleta, em entrevista ao Estadão.
Ele fez uma ótima temporada na Itália, vestindo a camisa do Trentino, mas lamentou não ter conquistado um título. Para ele, foi importante manter o ritmo forte. "Eu joguei todas as partidas pelo time e acho que o balanço é positivo. Chegamos a todas as semifinais nas competições e à final da Liga dos Campeões. Em circunstâncias diferentes talvez a gente conseguisse brigar por algum título. Não saímos felizes, mas também não saímos tristes", avisa.
Na decisão do torneio continental, o Trentino perdeu para o Zaksa Kedzierzyn-Kozle, da Polônia, por 3 a 1. O vice-campeonato europeu é um bom resultado e Lucarelli ressalta a experiência de atuar fora do Brasil. Nas conversas com seus companheiros de equipe, o tema Olimpíada ainda era uma incógnita. "No começo a gente não sabia ainda se iria rolar, por causa da pandemia. Então falávamos muito sobre os campeonatos e uma vez ou outra falávamos sobre a seleção, tinha até jogador da Sérvia no time."
Ele voltou para o Brasil no início do mês, visitou sua família em Minas Gerais e alguns dias depois já estava em Saquarema, no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Lá não encontrou o técnico Renan Dal Zotto, que estava internado com covid-19 e agora, recuperado, está em casa. "A gente tem recebido boas notícias da recuperação dele, só de saber isso a gente fica muito feliz. Enquanto não temos ele com a gente, continuamos trabalhando e todos aqui na comissão técnica são muito bons", diz.
Na Itália, a seleção brasileira ficará concentrada em esquema de "bolha" na cidade de Rimini, com restrição de circulação, e as partidas não terão presença de público. Um alívio para os atletas é que eles já foram vacinados contra a covid-19. "Isso dá uma tranquilidade um pouco maior. Óbvio que não podemos largar as precauções, mas é importante para dar mais segurança nas viagens e no hotel", explica.
Para Lucarelli, o Brasil tem totais condições de fazer um ótimo papel nos Jogos Olímpicos de Tóquio. "O grupo está bem legal. Mudou um pouco em relação aos outros anos, mas o pessoal que chegou esse ano nós já conhecemos há muito tempo", finaliza o jogador, que na sexta-feira, 28, vai estrear na Liga das Nações contra a Argentina, às 16h, com transmissão do SporTV.
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