Por volta das 13h30 desta quinta-feira, a história da natação ganha um novo capítulo. Aposentado desde o fim dos Jogos de Londres/2012, Michael Phelps volta às piscinas para o Grand Prix de Mesa, nos Estados Unidos, cercado de incertezas sobre até onde ele pode chegar. A primeira prova será os 100 metros livre, nesta quinta. Ainda nesta manhã (horário local), nadará os 100m borboleta, tentando se classificar para as finais à noite. Na sexta, participa dos 50m livre.
Bruno Fratus lembra bem dos últimos momentos de Phelps numa competição de natação. "Calhei de fazer um antidoping com ele no último dia em Londres e fiz questão de apertar a mão dele e falar: 'Obrigado por tudo que você fez pelo nosso esporte'. Estou muito feliz que ele voltou", admitiu o velocista.
Empolgado depois de fazer o segundo melhor tempo do mundo nos 50m livre, Fratus chega ao ponto de desafiar: "Acho que ele pode dar resultados muito expressivos no 100m livre e boa sorte se ele quiser nadar 50m", comentou o brasileiro, autoconfiante e sabendo que Phelps, por melhor que seja, não é um velocista.
Cesar Cielo não chega a desafiar o maior da história, mas torce para poder competir contra ele, quem sabe até no Rio/2016. "Já nadei algumas vezes contra ele, é um cara que te leva para outro estágio. Quando ele ta no bloco, a prova tem que ser um pouco mais séria. É um cara que faz a gente nadar um pouco melhor. Com ele, perfeição já não é o bastante. Quero ter a chance de competir mais alguma vez contra ele."
Thiago Pereira fatalmente nadará contra Phelps. No GP de Charlotte (EUA), entre 15 e 18 de maio, o brasileiro deverá participar de oito provas (200m e 400 medley, 200m nos três estilos e 100m costas e borboleta) e, de uma forma ou outra, estará lado a lado do norte-americano, se ele confirmar a inscrição para o torneio de natação. Seria o reencontro com o homem que criou o modelo de atleta em que Thiago hoje se encaixa.
"Ele foi único que esteve presente em todos os momentos da minha carreira até hoje. Tenho certeza de que muito da evolução que eu tive foi por causa dele. Essa evolução do medley no cenário mundial, ele que provocou isso. Ele foi o primeiro atleta da natação que quebrou essa coisa de uma ou duas provas, mostrou que é possível nadar várias", elogiou.
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