A equipe ganhou ouro por equipes e em todos os aparelhos. O que não significa muita coisa quando se leva em consideração as notas. Letícia venceu nas paralelas com 13.334 (seria 29º no Mundial), Juliana Santos na trave, com 13.700 (19ª), Mariana Valentim no solo com 13.234 (22ª) e Isabelle Cruz no salto com 14.300 (não dá para comparar com Mundial).Rebecca Avelino completou a equipe.
No masculino, porém, o cenário é outro. Como há nomes de sobra, o Brasil pôde levar seu time B, com Fellipe Arakawa Ferreira, Henrique Medina Flores, Leonardo Souza, Lucas Bitencourt, Pétrix Barbosa e Victor Rosa, que foram prata por equipes. No individual geral, Lucas ficou em quarto, com 83,950, resultado que o colocaria na final do Mundial. Detalhe: é só a segunda competição de Lucas na seleção adulta. A primeira foi na semana passada.
Companheiro de treinos de Arthur Zanetti, Henrique foi prata nas argolas, com 15.434, resultado que o deixaria em nono no Mundial. De resto, desempenhos que não somariam nada à participação que o Brasil teve na Antuérpia. Mas de atletas que já provaram que podem fazer mais. No solo, Víctor conquistou o bronze, com 14.300. No cavalo com alças, Lucas foi prata, com 13.967. No salto, Pétrix ficou em sexto, com 13.750. Nas barras paralelas, Pétrix garantiu o bronze, com 14.500. Por fim, na barra fixa, Lucas ficou em sexto, com 13.034.
O desempenho abaixo do esperado no masculino, porém, pode obrigar mudanças: "Nós fizemos muitos testes no evento, alguns deles não foram bem sucedidos e merecem nossa atenção. Acredito que o momento para realizarmos análises é agora. Nós trabalhamos com um número grande de ginastas e procuramos oportunizar a todos experiências competitivas de alto nível, para que possam demonstrar seus potenciais e ingressar na equipe olímpico", analisou Leonardo Finco, chefe da delegação.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.