Assim como nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Olimpíada de Paris, em 2024, seguirá a tendência de sustentabilidade do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nesta quinta-feira, a entidade revelou que as camas dos atletas na Vila Olímpica serão constituídos por uma base de papelão e um colchão modular, que se adapta à necessidade de cada indivíduo.
O projeto da Vila foi anunciado nesta quinta-feira, em Paris, pela empresa japonesa Airweave, que produziu as camas nos últimos Jogos Olímpicos. Em junho, o COI revelou que as instalações contarão com cerca de 16 mil camas. Elas são constituídas de material 80% reciclado e serão produzidas na França.
Motokuni Takaoka, dirigente da empresa responsável pela fabricação das camas, deu mais detalhes sobre o material nesta quinta-feira, em evento de anúncio. Criticado pelos atletas em 2021, por serem muito frágeis e não resistirem ao peso de duas ou mais pessoas, as camas tiveram suas resistência posta à prova no anúncio desta quinta-feira.
“Elas podem suportar várias pessoas”, disse Takaoka. “Isso é algo que pode acontecer ‘quando você ganha uma medalha’”, brincou o dirigente. Ele também saltou sobre a cama para demonstrar sua resistência na prática.
O colchão é composto por três blocos e é modulado por meio desses elementos. Cada atleta poderá escolher a fórmula que melhor se adapta às suas necessidades, de acordo com suas dimensões. Eles poderão também trocar a estrutura da cama.
Após a Olimpíada, as camas serão recicladas. Os colchões e travesseiros utilizados pelos atletas serão doados a escolas e instituições de ensino. Os materiais serão entregues entre março e junho de 2024 e os Jogos acontecerão entre 26 de julho e 11 de agosto.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.