A cidade de Pequim - escolhida hoje como sede dos Jogos Olímpicos de 2008 - terá de mudar as condições de vida na capital chinesa para que os atletas e o público de todo o mundo não tenham uma surpresa desagradável. A cidade tem planos de investir US$ 20 bilhões para triplicar a rede de auto-estradas, incrementar o sistema de transporte público, contruir mais linhas de metrô, um trem de levitação entre o aeroporto e o parque olímpico, e mais 22 (ginásios, piscinas, campos, etc) dos 37 locais que serão usados para as competições. A proposta é construir 36 estádios espalhados em três pólos de competição, tudo em um raio de 30 minutos de percurso entre os extremos, tendo como pólo central o Olympic Green, que seguirá o conceito ecológico que caracterizou a Olimpíada de Sydney. Nele, estarão concentradas 56% das competições. Pequim também prometeu investir US$ 12 bilhões de dólares na proteção do meio ambiente, na esperança de abandonar a liderança do ranking das cidades mais poluídas do mundo. Sofre com o ar contaminado, falta de água, vento com areia (está próxima de uma área desértica) e a ausência de áreas verdes. Um folheto da candidatura fala em transformar Pequim em uma cidade verde e com o céu azul. A cidade prevê plantar milhões de árvores, especialmente em volta de onde será a Vila Olímpica. A poluição do ar deverá ser reduzida com a obrigatoriedade do uso de gás liquefeito em 90% dos ônibus e 70% dos táxis, até 2007.
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