O Departamento de Polícia de Houston confirmou na última sexta-feira, 2 de abril, que abriu uma investigação para apurar as denúncias de assédio ou agressão sexual contra Deshaun Watson, quarterback do Houston Texans, franquia da NFL. Ao todo, 21 mulheres entraram com ação judicial contra o atleta, enquanto uma 22ª afirmou à revista Sports Illustrated que foi assediada, mas não registrou queixa.
Todas as situações aconteceram em sessões de massagem a partir de março de 2020. Watson teria exposto seu pênis e tocado nas mulheres com o órgão sexual. Duas afirmam que foram agredidas por ele, e uma o acusa de tê-la forçado a fazer sexo oral.
"Como acontece com qualquer alegação, o Departamento de Polícia de Houston está conduzindo uma investigação e não fará mais comentários durante o processo de investigação", afirmou o departamento em comunicado nas redes sociais. Watson pode enfrentar uma acusação criminal e 21 processos civis de compensação financeira.
Watson se pronunciou sobre os casos em 16 de março, quando alegou ser inocente. O advogado que o representa, Rusty Harden, afirmou que eles irão colaborar completamente com a polícia. Ao mesmo tempo, a NFL começou uma investigação própria e os Texans prometeram colaborar com a liga. A franquia já teria um plano B: contratar o quarterback veterano Alex Smith se Watson não estiver na equipe quando a pré-temporada começar.
As 21 mulheres entraram com os processos criminais anonimamente, com o pseudônimo de Jane Doe. Todas são representadas por Tony Buzbee, ex-candidato a prefeito de Houston, que recentemente afirmou temer que a polícia de Houston seja parcial. Para ele, a polícia poderia prejudicar suas clientes por ele ter pedido a troca de um ex-chefe de polícia enquanto era candidato e porque o filho do advogado de Deshaun Watson trabalha no departamento policial de Houston.
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