Com a conquista da medalha de prata no Open, neste sábado, em sua estreia no salto em distância (classe T11) em competições oficiais, Terezinha Guilhermina se vê no caminho certo. A veterana do atletismo garantiu o segundo lugar com a marca 4,46 m, atrás de Lorena Spoladore (4,51 m). Apesar do pódio, a atleta sabe que ainda tem muito a evoluir na categoria.
“Pude me conhecer um pouco mais, nos treinos estava saltando melhor, cadenciando e coordenando a corrida. Na competição subiu para a cabeça, corri mais rápido e não controlei tanto. Mas estamos no caminho certo", avalia.
Ainda distante do índice A da prova (5,06 m) para o Mundial de Londres, em julho, Terezinha tira algumas lições para as próximas competições. "Estou mais veloz. Se eu encaixasse um salto com a velocidade que eu estava, saltava melhor. Tenho de controlar, conseguir gerir isso. Foi minha primeira vez, não sabia como meu corpo ia se comportar, foi uma primeira experiência", analisa.
Prata no revezamento 4x100 m T11-13 e bronze nos 400 m nos Jogos Paralímpicos do Rio, a mineira está motivada com o novo desafio na carreira. "Estou muito feliz pela oportunidade de a essa altura da minha carreira aprender alguma coisa totalmente nova, como me orientar pelo guia pela voz, sem o contato físico."
Terezinha Guilhermina ainda compete nos 100 m e nos 200 m, da classe T11. A atleta nasceu com uma retinose pigmentar, uma doença congênita que provoca a perda gradual da visão. Iniciou a vida esportiva na natação até ganhar um par de tênis de presente da irmã, em 2000, e seguir carreira no atletismo.
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