Conheça Ricardo Mendonça, medalhista de ouro nas Paralimpíadas que iniciou no esporte há cinco anos

Corredor levou levou seu primeiro título paralímpico e é mais um exemplo de ‘novatos’ no esporte

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Foto do author Vinícius Harfush
Atualização:

“Hoje, aos 34 anos, depois de um acidente que mudou minha vida, sou campeão paralímpico”. A fala do corredor Ricardo Mendonça de depois de conquistar sua primeira medalha de ouro nas Paralimpíadas é de emocionar qualquer um. O competidor ficou no posto mais alto do pódio depois de vencer os 100m na classe T37 nos Jogos Paralímpicos de Paris e não segurou as lágrimas na entrevista pós prova.

“Eu vim de uma lesão que me tirou de uma final de mundial no ano passado, dos 200m. Voltei, tentei atacar o recorde mundial aqui hoje, mas saiu o que tinha que sair. Tô muito feliz. Tratei uma lesão no joelho e agradeço à todos do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), todos da fisioterapia, saúde, das pessoas que fazem a comida lá no Centro de Treinamento, todos eles”, agradece Mendonça.

Corredor Ricardo Mendonça, ouro nos 100m T37 nas Paralimpíadas de Paris 2024 Foto: Douglas Magno/CPB

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O CT citado pelo corredor é o Centro de Referência de esportes paralímpicos construído em São Paulo para os Jogos do Rio 2016, responsável por formar e treinar os principais paratletas do País. O local foi o ‘berço’ de formação do medalhista, que iniciou no esporte há apenas cinco anos após sofrer um acidente que deixou sequelas no braço e perna direitos.

Ricardo Mendonça é mais um exemplo de atletas paralímpicos que iniciam tardiamente no esporte. Sua entrada na modalidade aconteceu apenas em 2019 e em Tóquio conquistou sua primeira medalha, um bronze nos 200m. Desta vez, o ouro veio com o tempo de 11.07s.

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O seu ciclo de preparação para esse ano foi marcado por uma evolução muito chamativa. Antes de Paris, levou ouro no Mundial de Kobe 2024, ouro nos 100m e 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, além de ouro nos 100m e nos 200m no Mundial Paris 2023, quando faturou mais um bronze no revezamento 4x100m misto.

A classe T37 é formada por atletas que sofrem de alguma paralisa cerebral e que comprometa movimentos de um lado do corpo. Na mesma final vencida por Mendonça, outros dois brasileiros chegaram perto do pódio e ficaram com o quarto e quinto lugar. Christian Gabriel fez 11.45s e Edson Cavalcante terminou com tempo de 11.47s.

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