Depois de Rogério Ceni, o jogador mais importante que o São Paulo já teve é Hernanes. O meia deu outro patamar ao time e renovou as esperanças do torcedor de ter uma temporada mais competitiva e vencedora. Foi dele o gol na vitória diante do São Paulo, e foi dele também as melhores jogadas ofensivas da equipe. Hernanes veste a camisa como um pedreiro segura sua pá, com dedicação, responsabilidade e amor.
Ele tem se esforçado para entrar em forma o quanto antes e assim ajudar mais o time, principalmente na Libertadores. A equipe faz sua estreia em duelos eliminatórios da competição nesta semana. Na primeira partida, entrando no segundo tempo, ele deixou o campo de língua de fora. Neste fim de semana, atuou por 70 minutos com mais facilidade. Quarta-feira, tem de jogar em Córdoba. Vai ser titular.
É claro que Hernanes não pode ser o único a carregar o time nas costas. O São Paulo já viveu isso e não conseguiu nada. Nem será. O elenco ainda tem outros bons jogadores, como Nenê e Diego Souza, só para citar dois deles. Mas ele pode ter o poder de despertar nos colegas uma vontade maior e nos novatos, mais empenho e inteligência. Hernanes tem 33 anos. Está rico. É inteligente. E sabe que o Morumbi é sua casa.
Neste restinho de carreira, talvez mais uns cinco anos, Hernanes deveria pensar somente no São Paulo. Esquecer outras bandeiras e entrar de vez para a história do clube. Quem sabe até depois virar um diretor de alguma coisa, tamanho o respeito do são-paulino por ele.
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