Bia Haddad encerra temporada com recorde e brilho na Billie Jean King Cup

Tenista número 1 do País comandou time brasileiro contra a Argentina no Ginásio do Ibirapuera

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Foto do author Felipe Rosa Mendes

Beatriz Haddad Maia encerrou a temporada 2024 com recorde e grandes vitórias na Billie Jean King Cup, neste fim de semana. Após meses de oscilações e resultados abaixo do esperado, a tenista número 1 do Brasil levantou a torcida no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, mostrou força e técnica e comandou o time brasileiro na vitória sobre a Argentina, em sua despedida do ano.

Na capital paulista, Bia apresentou aproveitamento de 100% entre sexta e sábado. Venceu as três partidas que disputou, as duas de simples e o jogo de duplas, ao lado de Carolina Meligeni. Com sua performance de alto nível, o time nacional venceu por 3 a 2 a série melhor de cinco jogos e garantiu seu retorno à fase classificatória do torneio que é considerado a Copa do Mundo do tênis feminino.

Bia Haddad Maia durante vitória para o Brasil contra a Argentina no Ginásio do Ibirapuera. Foto: Luiz Candido/CBT

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De quebra, Bia assegurou uma marca importante em sua carreira. Ela se tornou a brasileira com o maior número de vitórias na história da Billie Jean King Cup, com 32. São 21 de simples e 11 em duplas. Deixou para trás, assim, Patricia Medrado, que obteve 30 triunfos em sua longa trajetória pelo Brasil na competição, antes chamada de Fed Cup - foram 39 convocações em 13 anos.

“Eu não sabia desse número, é muito especial. A Patricia abriu portas para outras mulheres e, dessa forma também vou conseguir passar para outras meninas também conseguirem quebrar esse recorde”, comentou Bia, satisfeita com mais uma marca alcançada.

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Nos últimos anos, a brasileira vem alcançando resultados e feitos antes só obtidos pela lenda Maria Esther Bueno. Atual número 17 do mundo, ela termina a terceira temporada consecutiva dentro do Top 20. “Foi um ano muito positivo e de muito aprendizado”, afirmou a atleta de 28 anos.

Bia fez uma temporada de oscilações e novas conquistas. A fase irregular predominou no primeiro semestre, culminando no desempenho abaixo do esperado no duelo com a Alemanha, pela fase classificatória da Billie Jean King Cup, também no Ibirapuera (o Brasil foi derrotado por 3 a 1), e na queda logo na estreia em Roland Garros. O resultado surpreendeu porque, no ano anterior, ela havia alcançado a semifinal, gerando maior expectativa da torcida.

Em agosto, a tenista começou a reagir. Foi vice-campeã em Cleveland e alcançou as quartas de final do US Open, um dos seus melhores resultados em torneios de Grand Slam. Na sequência, levantou seu único troféu da temporada ao se sagrar campeã em Seul, na Coreia do Sul. Suas performances vinham subindo até que dores nas costas forçaram seu abandono na estreia em Tóquio e levantaram preocupações sobre sua participação no confronto com a Argentina, neste fim de semana.

A irregularidade voltou a aparecer nos primeiros sets das suas duas partidas de simples, ambas vencidas de virada. A primeira, como ela mesmo avaliou, foi uma de suas melhores partidas do ponto de vista mental. Perdia por 6/3 e 4/0 antes de iniciar a reviravolta, que contou com dois match points salvos no segundo set. O crescimento em quadra atingiu o ápice na partida de duplas, quando foi dominante do começo ao fim, ao lado de Carol Meligeni.

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“Terminar o ano com a classificação do Brasil para os qualifiers (fase classificatória) era o meu objetivo. Depois que saí da quadra em Tóquio, eu só pensei em me preparar da melhor forma para chegar aqui e ajudar o time. Estou muito feliz, é uma conquista de todas nós”, celebrou.

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