Meses após fazer história em Roland Garros ao chegar às semifinais, a primeira vez que o tênis feminino foi tão longe em um Grand Slam desde Maria Esther Bueno, em 1968, e repetir a dose com as oitavas alcançadas em Wimbledon, Bia Haddad volta às quadras nesta segunda-feira, dia 28, em torno das 13h15 (de Brasília), na estreia do Aberto dos Estados Unidos (US Open). Logo de cara, contra uma pedreira: a americana Sloan Stephens, 38ª colocada no ranking da WTA, que joga em casa, ou seja, a torcida estará toda ao seu lado. A rival, além de ser uma das melhores do mundo, já foi campeã do torneio, na edição de 2017. Bia ainda nunca ganhou um Grand Slam.
Mas o histórico de confrontos, mesmo que pequeno, é favorável a Bia. Ela enfrentou Stephens apenas em uma única ocasião, no WTA de Acapulco de 2019, e venceu por 2 sets a 0. Detalhe: nesta época, Sloan era a número 4 do planeta. O triunfo também foi marcante por ter sido o primeiro da brasileira para cima de uma adversária do top 10 mundial, iniciando uma série de sucessos que teve o auge neste ano, com o desempenho em Roland Garros.
Na última temporada do US Open, em 2022, Bia venceu sem dificuldades a croata Ana Konjuh na sua estreia, mas caiu na rodada seguinte para a canadense Bianca Andreescu. Aproveitando o embalo recente, ela agora quer o título, defendido justamente pela sua algoz em Roland Garros: Iga Swiatek (POL), a atual número 1 do mundo e que também está confirmada na edição de 2023. Uma revanche só será possível caso as duas cheguem à final.
Caso a brasileira avance no confronto com Stephens nesta segunda, enfrentará na sequência a vencedora do duelo entre Varvara Gracheva (FRA), 41ª no ranking da WTA, e Taylor Townsend (EUA), 5ª colocada. Portanto, Bia pode ter mais uma anfitriã no caminho. Essa será sua terceira participação na chave principal do US Open. Na estreia, em 2017, ela caiu na primeira rodada, e voltou a disputá-lo no último ano.
Em Wimbledon, seu Grand Slam mais recente, Bia teve que abandonar nas oitavas de final por causa de um problema nas costas enquanto enfrentava a cazaque Elena Rybakina. O fato escancarou um grande “adversário” no auge da carreira: seu histórico de lesões. No entanto, ela garantiu na época que foi apenas uma “fatalidade” e já está pronta para mais um campeonato em grande nível. Bia aprendeu a se controlar em quadra, a ter leituras precisas da disputa e a não ter pressa para acabar com a partida.
Desempenho em 2023 rendeu grande premiação financeira
Além dos recordes em quadra e de viver seu melhor tênis, Bia Haddad também alcançou marcas financeiras importante. O desempenho em Wimbledon lhe rendeu um total de 207 mil libras (cerca de R$ 1,27 milhão em conversão direta), fatia adicionada à somatória de 2023: somente neste ano, seu melhor neste aspecto, foram cerca de R$ 8,52 milhões. Em 2022, a quantia chegou a aproximados R$ 6,22 milhões, no que já foi uma marca histórica para ela.
Aos 27 anos, a brasileira acumula um total de US$ 4,282,003 (R$ 20,87 milhões) em premiações. Para efeito de comparação, a rival Swiatek soma US$ 19,906,763 (R$ 97,02 milhões) aos 22 anos. Caso Bia vença o US Open de 2023, irá faturar mais US$ 3 milhões (R$ 14,62 milhões), prêmio já confirmado para os vencedores das chaves de simples masculina e feminina. O torneio de Nova York terá premiação recorte.
Para ficar por dentro do esporte enquanto torce por mais um desempenho de sucesso da atleta brasileira, confira o especial feito pelo Estadão com tudo que você precisa saber sobre as regras do tênis. O US Open será transmitido pela ESPN e pelo seu canal de streaming Star+. Acompanhe a programação de TV diariamente no Estadão.
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