Não deu para Bruno Soares. O brasileiro e seu parceiro Mate Pavic foram superados na final da chave de duplas de Roland Garros neste sábado pelos alemães Kevin Krawietz e Andreas Mies, por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 7/5, e ficaram com o vice-campeonato do Grand Slam francês.
Dessa maneira, o duplista brasileiro não conseguiu seu segundo título consecutivo de Grand Slam depois de ser campeão do US Open, no mês passado. Ele tentava repetir os feitos de Gustavo Kuerten, tricampeão, e Marcelo Melo, vencedor em 2015, para brilhar também no saibro parisiense.
Soares e Pavic também tentavam igualar a façanha dos colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah, derrotados por eles na semifinal, e que no ano passado venceram os dois últimos Slam da temporada, faturando Wimbledon e US Open em sequência. Os tenistas da Colômbia formam a melhor parceria do mundo na atualidade.
Mesmo sem o título, Bruno Soares tem motivos para celebrar a campanha em Paris. Em grande fase, o mineiro de 38 anos vai subir de 18º para figurar no top 10 do ranking da ATP nas duplas. Ele tem 33 troféus na carreira, sendo seis de Grand Slam. Seu parceiro Mate Pavic, que tem três títulos deste nível, ocupa o 11º lugar. Juntos, os dois conquistaram um troféu até aqui.
Já Krawietz e Mies comemoram o bicampeonato em Roland Garros. No ano passado, os alemães foram campeões em cima dos franceses Jérémy Chardy e Fabrice Martin.
Neste sábado, Kevin Krawietz e Andreas Mies foram superiores em quase todo o jogo e os erros de Soares e Pavic fizeram a diferença. No primeiro set, a dupla da Alemanha praticamente não deu chances para os adversários. Eles foram dominantes e aproveitaram as falhas dos oponentes, especialmente as do croata, para conseguir uma quebra e vencer por 6/3.
A parcial seguinte foi mais equilibrada, mas novamente pesou contra Soares e Pavic alguns erros, desta vez em um momento crucial da partida, no 11º game, quando o placar marcava 5/5. O brasileiro estava no saque e sofreu com ótimas devoluções dos rivais. Pavic conseguiu salvar o primeiro break point com um belo voleio angulado, mas Krawietz praticamente decidiu o duelo com uma devolução vencedora.
Os tenistas alemães fizeram 6/5. O game seguinte, que acabou sendo o último da partida, foi muito disputado, de modo que Soares e Pavic salvaram um match point e tiveram duas chances de quebra. No entanto, sucumbiram diante da eficiência e frieza dos rivais, Mies confirmou o serviço e os duplistas da Alemanha levaram o título.
JUVENIL - O Brasil também bateu na trave na chave juvenil de duplas. A parceria formada por Natan Rodrigues e Bruno Oliveira perdeu a final deste sábado para o italiano Flavio Cobolli e o suíço Dominic Stricker por 6/2 e 6/4 e os dois brasileiros foram vice-campeões em Paris.
"Foi um jogo muito difícil, mas a gente teve muitas chances. E a minha análise é quando o Bruno estava muito bem, eu estava cometendo alguns erros bobos. E depois mudou um pouco. Eu peguei um pouco o ritmo e Bruno errou mais, mas faz parte do jogo de duplas. A gente vai se puxando", disse Natan, em entrevista ao SporTV.
Baiano e mineiro, cabeças de chave número oito, treinam com o apoio de Soares em sua academia, em Belo Horizonte. Eles integram o Time Guga, que tem o experiente mineiro e o técnico Hugo Daibert como dois dos seus principais representantes.
Eles buscavam o terceiro título do Paris na história do juvenil de Roland Garros. Antes, Guga foi campeão nas duplas em 1994, ao lado do equatoriano Nicolas Lapentti. E, em 2019, Matheus Pucinelli levantou o troféu jogando com o argentino Thiago Tirante.
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