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Diretor do Aberto da Austrália diz que não fará lobby para ter Djokovic no torneio

Sérvio não participou da competição no início do ano após ser barrado no aeroporto por não ter se vacinado contra a covid

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Por Estadão Conteúdo

O diretor de competições do Aberto da Austrália, Craig Tiley, afirmou nesta quarta-feira que a Associação Australiana de Tênis não pretende ajudar Novak Djokovic a conseguir a liberação para disputar a edição 2023 do torneio, marcada para janeiro. Neste ano, o sérvio foi barrado do major pelo governo australiano por não ter se vacinado contra a covid-19. As regras para entrar no país continuam as mesmas, portanto o ex-número 1 deve ficar de fora mais uma vez.

“Este não é um assunto que nos permite fazer qualquer lobby. É um assunto que, definitivamente, fica entre eles (Djokovic e o governo australiano)”, afirmou Tiley em coletiva de imprensa. “Mas, dependendo do desfecho, certamente ele será bem-vindo ao Aberto da Austrália”, concluiu.

Sérvio não tem participação garantida na próxima edição do Aberto da Austrália.  Foto: AP Photo/Stas Filippov

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Existia uma expectativa sobre uma possível intervenção da Associação Australiana de Tênis para ter Djokovic na disputa, já que a entidade se mobilizou na edição desta temporada. Na ocasião, garantiu uma exceção ao tenista com o apoio de dois painéis médicos. Por isso, ele viajou para a Austrália portando documentos que justificariam a falta da vacinação, mas os argumentos não foram aceitos. Após passar cerca de duas semanas detido em um hotel, acabou deportado.

A forma como a associação australiana conduziu o caso foi motivo de muitas críticas direcionadas a Tiley. Com a deportação, Djokovic ficou sujeito a uma banimento de três anos sem a possibilidade de obter um novo visto temporário, mas o Controle de Fronteiras da Austrália disse que qualquer período de exclusão “será considerado como parte de qualquer novo pedido de visto e pode ser dispensado em certas circunstâncias.’’

Na coletiva desta quarta, Tiley também revelou que conversou com Djokovic no mês passado, durante a disputa da Laver Cup. “Ele disse que, obviamente, adoraria voltar para a Austrália, mas ele sabe que é uma decisão do Governo Federal e aceita isso. Se você notar, ele está jogando bastante neste final de ano com expectativa e esperança de ter sucesso em sua aplicação. Mas isso é com ele”, afirmou.

Pouco mais de um mês depois de ser impedido de disputar o grand slam australiano, o sérvio deixou o posto de número 1 do mundo. Atualmente na sétima colocação do ranking da ATP, também não pôde participar do US Open, o último major do ano, disputado em setembro e vencido por Carlos Alcaraz.

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