Gauff rejeita comparações com irmãs Williams: 'Ainda não estou no nível delas'

Norte-americana já fez história ao ser a tenista mais jovem, com 15 anos, ao vencer uma partida do torneio de Wimbledon

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Uma das grandes promessas do tênis mundial, a norte-americana Coco Gauff já fez história ao ser a tenista mais jovem, com 15 anos apenas, ao vencer uma partida do torneio de Wimbledon, o Grand Slam britânico, no ano passado. Hoje com 16 anos, ela já é a número 52 do ranking da WTA. Mas rejeita qualquer comparação feita com as irmãs Venus e Serena Williams, que são atletas exemplos para ela no tênis.

"Não gosto de ser comparada à Serena ou à Venus. Primeiro porque ainda não estou no nível delas. E também sinto que não é justo as irmãs Williams serem comparadas com alguém que está apenas começando a carreira. É claro que espero chegar aonde elas estão, mas elas são as duas mulheres que abriram o caminho para mim", escreveu Gauff, convidada para participar do projeto Behind the Racquet, dos Estados Unidos.

Coco Gauffsurge como um fenômeno no tênis Foto: Danielle Parhizkaran/ USA Today Sports

PUBLICIDADE

"Sinto que nem teria a oportunidade de estar neste nível sem elas. Nunca teria pensado em jogar tênis sem elas, já que havia pouquíssimas negras no esporte. Por tudo o que fizeram, ainda não deveria ser comparado a elas", prosseguiu a norte-americana, lembrando como ficou sua vida depois da vitória em Wimbledon na temporada passada.

"Muitas meninas de todas as raças, mas principalmente as negras, vêm falar comigo dizendo que estão pegando uma raquete pela primeira vez por minha causa. Isso me surpreende, pois foi assim que entrei no tênis. Um mês antes de Wimbledon, ia ao clube em que treino e via muito mais meninos jogando. Um mês depois, voltei e a maioria já era de meninas e um dos treinadores disse que era por minha causa. Eu nunca poderia imaginar que um torneio pudesse ter esse tipo de efeito", completou.

Publicidade

Gauff revelou ainda ter ficado muito deprimida pelo fato de não conseguir ter uma vida normal como a de outros adolescentes de sua idade e teve dúvidas se queria realmente seguir jogando tênis. "Entre 2017 e 2018, estava tentando descobrir se era realmente isso que queria. Sempre tive bons resultados, então não era esse o problema. Simplesmente sentia que não estava mais gostando do esporte", relatou. "Lembro de acordar e não querer treinar. Tive sorte de ter percebido isso desde o início e evitar o que poderia ter sido uma crise muito maior".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.