João Fonseca, sensação do Rio Open, já foi nº 1 do mundo e agora tem dilema pela frente

Carioca de 17 anos é o mais jovem brasileiro desde Guga a avançar às quartas em um torneio da ATP e neste ano terá de escolher entre o circuito profissional ou a disputa universitária nos EUA

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Foto do author Felipe Rosa Mendes
Atualização:

O grande nome deste Rio Open é campeão de Grand Slam e já foi número 1 do mundo. Mas não é tenista europeu e nem aparecia na lista dos favoritos. Após as quedas precoces do espanhol Carlos Alcaraz e do suíço Stan Wawrinka, todas as atenções estão voltadas para o jovem brasileiro João Fonseca, que vem fazendo história com suas primeiras vitórias em um torneio de nível ATP.

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O carioca de apenas 17 anos disputa uma competição da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) pela segunda vez na carreira. A primeira foi justamente no Rio Open do ano passado, quando foi eliminado logo na estreia. Mas, de um ano para o outro, tudo mudou na carreira do tenista.

A temporada 2023 foi marcante porque o brasileiro encerrou sua trajetória entre os juvenis em alto estilo. Foi campeão do US Open, o quarto Grand Slam do ano, em Nova York. E terminou o ano como número 1 do mundo entre os juvenis, levando o troféu simbólico de “campeão mundial” da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) daquela temporada.

Sensação do Rio Open, carioca João Fonseca, de 17 anos, está nas quartas de final da competição.  Foto: Charles Krupa/ AP

Neste ano, Fonseca vinha disputando alguns torneios Challenger, nível abaixo da ATP, ainda sem maior sucesso. Até que recebeu o convite da organização do Rio Open para entrar diretamente na chave principal. Desde então, o brasileiro não vem decepcionando. Na estreia, derrubou um dos candidatos a sensação do Rio Open, o francês Arthur Fils, sétimo cabeça de chave e promessa do tênis mundial.

E, nas oitavas de final, derrubou o experiente chileno Cristian Garin com um duplo 6/4. “Acho que estou vivendo um sonho, não caiu um pouco a ficha ainda, mas eu quero continuar nesse sonho cada vez mais. Estou muito feliz com a minha trajetória até aqui, estou feliz com o jogo que eu estou jogando do jeito que eu evoluí de um ano para cá não só tecnicamente, mas também fisicamente e mentalmente também, estou muito mais maduro”, disse Fonseca.

Com a vitória, o carioca avançou às quartas de final, registrando sua melhor campanha em um torneio de nível ATP. Além disso, ele se tornou o mais jovem brasileiro desde Gustavo Kuerten a atingir tal fase de uma competição deste nível. Aos 17 anos e 6 meses, ele entrou para a seleta lista dos mais jovens do mundo nas quartas desde 2000, ao lado de Rafael Nadal (2003), Alexander Zverev (2014), Karen Khachanov (2013) e Kei Nishikori (2007).

Fonseca voltará à quadra principal do complexo do Rio Open, no Jockey Club Brasileiro, para disputar as quartas de final na rodada noturna. Seu adversário será o argentino Mariano Navone, que veio do qualifying, tem 22 anos e é o atual 113º do mundo. Fonseca ocupa o 655º posto na lista da ATP.

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Futuro

A grande campanha pode influir diretamente numa séria decisão a ser tomada pelo brasileiro nos próximos meses. Fonseca vai decidir em junho se concentrará sua energia no circuito profissional ou se aceitará convite para estudar numa universidade americana, o que lhe permitiria disputar o bom circuito universitário dos Estados Unidos.

No fim do ano passado, ele divulgou comunicado em que revelava ter assinado uma carta de intenção de representar a University of Virginia a partir deste ano. Fonseca avisou que decidiria somente em junho e que, caso decidisse pelos EUA, permaneceria por lá por um ano. Voltaria, na sequência, para o circuito profissional, seu grande objetivo na carreira.

O bom desempenho no Rio Open, e possivelmente, na sequência da temporada podem interferir em sua decisão nos próximos meses. “Estou deixando as duas portas abertas. Tenho falando com algumas universidades. Quero deixar estas portas abertas o máximo de tempo possível, que deve ser até junho do ano que vem. Acho que seria uma boa experiência passar oito meses nos EUA e depois trancar a faculdade. E seguir para a carreira profissional”, disse o brasileiro, em setembro do ano passado.

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