Marcelo Melo pode bater recorde do tênis brasileiro após título do Rio Open: ‘estou muito bem’

Campeão de duplas do torneio ao lado de Rafael Matos, atleta revela segredos da longevidade no esporte, que pode lhe trazer marca histórica nas próximas Olimpíadas

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Foto do author Felipe Rosa Mendes
Atualização:

Com um título e um vice neste início de temporada, Marcelo Melo está animado para prolongar sua carreira no tênis. Aos 41 anos, o experiente duplista brasileiro já pensa nas Olimpíadas de Los Angeles-2028 ao lado de Rafael Matos, com quem levantou o troféu do Rio Open na noite do último sábado, 22. A edição nos Estados Unidos pode representar um novo recorde no esporte.

Caso dispute os próximos Jogos, nos quais terá 44 anos, ele chegará a condição de tenista brasileiro com mais participações em eventos olímpicos (cinco), desempatando com André Sá, estando ambos com quatro no momento. Antes, esteve em Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016 e em Tóquio, em 2021. O atleta só não entrou em quadra na última edição, em Paris-2024.

Rafa Matos (à esquerda) e Marcelo Melo (à direita) conquistaram o troféu de duplas do Rio Open 2025 no tênis. Foto: Reprodução/@atptour e @rioopenoficial via Instagram

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“Mais importante é perguntar para o Rafa se eu vou conseguir mesmo chegar a Los Angeles”, brincou Marcelo Melo, que revelou o que o mexe a disputar a quinta Olimpíada da carreira. “Quem mais me incentiva a chegar em Los Angeles é o Rafa para, quem sabe, ter mais uma dupla brasileira lá”, disse.

De olho no futuro, o veterano afirma que ainda não planeja sua aposentadoria. “Estou muito bem, continuo fazendo o possível para estar jogando em alto nível. Vou continuar ainda, nem perto de pensar em parar por agora. Se der, vou ficar muito feliz, vai ser minha quinta Olimpíada”, afirma o brasileiro, que subiu 12 posições no ranking de duplas da ATP e chegou ao 23º lugar - ele já foi o número 1 do mundo na lista.

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Melo joga com Matos desde o fim de 2023, entre outras parcerias no circuito. No ano passado, eles passaram a atuar de forma mais constante, se tornando a dupla nacional nos confrontos da Copa Davis. “Ele tem muita lenha ainda para queimar”, brincou Rafa, após a conquista do Rio Open.

Dupla passou a jogar junta com constância nos últimos anos e projeta disputar as Olimpíadas de Los Angeles-2028. Foto: Reprodução/@atptour e @rioopenoficial via Instagram

Longevidade no tênis e sucesso no Rio Open estão ligados à recuperação física

Segundo Marcelo, o segredo de sua longevidade nas quadras é o cuidado com a parte da regeneração pós-jogo. “Eu me preocupo muito com a recuperação física. Vamos ficando mais velhos e, naturalmente, as coisas demoram um pouquinho mais. Eu viajo bastante com meu preparador físico e fisioterapia. Logicamente, agora são maneiras diferentes de treinar e maneiras diferentes de fazer a reabilitação”, contou o tenista.

“Com um bom preparo físico, consigo me recuperar mais rápido e ganho mais tempo. Aí, consigo prolongar a minha carreira. A recuperação evoluiu muito hoje em dia. Valorizo muito isso para estar pronto no dia seguinte”, complementou Marcelo Melo, que, na longa carreira, já levantou troféus em Roland Garros e Wimbledon.

No Rio Open, ele disputava a final pela terceira vez, mas em busca do primeiro título. O veterano havia sido vice-campeão em 2023 e em 2014, com outros parceiros. Ao lado de Matos, enfim, alcançou o almejado troféu, se tornando o tenista em atividade com mais títulos nas duplas, empatando com o croata Mate Pavic - no total, o brasileiro soma 77 finais.

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