A brasileira Luisa Stefani e a americana Hayley Carter disputam neste domingo a decisão do WTA 1000 de Miami, nos Estados Unidos, torneio sobre o piso duro com premiação de US$ 3,26 milhões (R$ . A dupla busca o maior título da carreira contra as japonesas Ena Shibahara e Shuko Ayoama, cabeças de chave 5, na quadra GrandStand, a principal desta edição do complexo do Hard Rock Stadium. A competição na Flórida é da série de eventos que só perdem em importância para os quatro Grand Slams.
Stefani e Carter vão buscar o terceiro troféu na carreira. Elas foram campeãs em Tashkent, no Usbequistão, no fim de 2019, e Lexington, nos Estados Unidos, em agosto de 2020. Foram vice-campeãs em Estrasburgo, na França, em 2020, e vices em Adelaide, na Austrália, e Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, em 2021. A brasileira fez ainda outra final no último torneio de 2020 com a canadense Gabriela Dabrowski, em Ostrava, na República Checa.
"Será uma final realmente especial contra as japonesas, mais uma revanche. Estamos prontas e confiantes para que dessa vez a vitória caía para o nosso lado", analisou a tenista paulista.
A brasileira e a americana venceram um dos quatro jogos que fizeram contra as asiáticas, tendo perdido as últimas três. A vitória veio no US Open do ano passado, em Nova York. "Estou recebendo uma ótima energia do Brasil, da torcida. Minhas amigas têm contado que passaram vários jogos do torneio de simples pela televisão. Isso é uma grande notícia para o tênis feminino que ficou fora da televisão nos último anos. Fico muito feliz. Torcia para que transmitissem nossa final, mas fiquei sabendo que não vai rolar. É uma pena. Me deixa um pouco triste, mas reconheço que fizeram um esforço e acabaram não conseguindo. Tomara que em uma próxima oportunidade possam mostrar. É de suma importância não só pra mim, mas todo o tênis feminino brasileiro, que precisa de apoio e mídia", acrescentou Stefani.
A campanha vem rendendo frutos no ranking. Com a vaga na final, a brasileira já garantiu o 26.º lugar, a melhor posição de uma brasileira desde que o sistema da WTA foi inaugurado, em 1975. Caso conquiste o troféu, passará a ser a 24.ª colocada. No ranking de parcerias, ela e Carter já subiram ao quarto lugar e se forem as campeãs serão a segunda melhor dupla de 2021. Este ranking classifica as oito melhores para o WTA Finals, em Shenzhen, na China, no final da temporada.
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