Rafael Nadal anunciou, como era de se esperar, que sua carreira chegou ao fim nas quadras. O mundo do esporte certamente sentirá falta do espanhol. Aos 38 anos, Nadal pendura a raquete e é inevitável a pergunta: “Ele é o maior tenista de todos os tempos?”.
Por ter mais títulos de Grand Slam (24), Masters (40), mais semanas como número 1 do mundo (428) e ainda levar ampla vantagem nos confrontos diretos contra Rafael Nadal (31 a 29) e Roger Federer (27 a 23), é inegável que Novak Djokovic é o maior tenista da história. Claro que, se for pegar por aspectos subjetivos, cada um pode ter seu gosto e opinião e tudo é válido.
Mas mesmo que não seja considerado pela maioria como o melhor de todos os tempos, Nadal se vai como o maior exemplo a ser seguido não só no esporte, mas até como inspiração fora dele.
Ninguém demonstrou mais raça e superação em seu esporte na história como Rafael Nadal. Sua garra em quadra era contagiante. Ele pode não ter nascido com o talento de Federer, mas na vontade superou o suíço inúmeras vezes, até no “quintal” de seu rival, a grama sagrada de Wimbledon.
A garra fez Nadal conseguiu coisas inimagináveis. De alguém que surgiu para o circuito com inúmeras deficiências em seu jogo, sem um bom saque, sem um bom voleio, com um backhand comum e um estilo que muitos diziam que iria bem apenas no saibro e não passaria dos 30 anos de idade, Rafa se despede tendo vencido oito Grand Slams em quadras rápidas e de grama, além de estar se aposentando com quase 40 anos.
Mesmo com toda a polaridade do mundo do tênis e seus preferidos, você nunca viu Nadal com uma atitude desrespeitosa perante a qualquer pessoa, sempre demonstrando humildade e respeito a todos, inclusive seus rivais. O espanhol fará muita falta ao mundo do esporte.
Gracias, Rafa.
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