Análise | Nadal não é o maior de todos os tempos, mas se aposenta como melhor exemplo a ser seguido no esporte

Tenista espanhol anunciou aposentadoria aos 38 anos na manhã desta quinta-feira

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Foto do author Gustavo Faldon

Rafael Nadal anunciou, como era de se esperar, que sua carreira chegou ao fim nas quadras. O mundo do esporte certamente sentirá falta do espanhol. Aos 38 anos, Nadal pendura a raquete e é inevitável a pergunta: “Ele é o maior tenista de todos os tempos?”.

Por ter mais títulos de Grand Slam (24), Masters (40), mais semanas como número 1 do mundo (428) e ainda levar ampla vantagem nos confrontos diretos contra Rafael Nadal (31 a 29) e Roger Federer (27 a 23), é inegável que Novak Djokovic é o maior tenista da história. Claro que, se for pegar por aspectos subjetivos, cada um pode ter seu gosto e opinião e tudo é válido.

Nadal e Federer se cumprimentam no último encontro entre eles, em 2019 Foto: Adrian Dennis/ADRIAN DENNIS

Mas mesmo que não seja considerado pela maioria como o melhor de todos os tempos, Nadal se vai como o maior exemplo a ser seguido não só no esporte, mas até como inspiração fora dele.

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Ninguém demonstrou mais raça e superação em seu esporte na história como Rafael Nadal. Sua garra em quadra era contagiante. Ele pode não ter nascido com o talento de Federer, mas na vontade superou o suíço inúmeras vezes, até no “quintal” de seu rival, a grama sagrada de Wimbledon.

A garra fez Nadal conseguiu coisas inimagináveis. De alguém que surgiu para o circuito com inúmeras deficiências em seu jogo, sem um bom saque, sem um bom voleio, com um backhand comum e um estilo que muitos diziam que iria bem apenas no saibro e não passaria dos 30 anos de idade, Rafa se despede tendo vencido oito Grand Slams em quadras rápidas e de grama, além de estar se aposentando com quase 40 anos.

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Mesmo com toda a polaridade do mundo do tênis e seus preferidos, você nunca viu Nadal com uma atitude desrespeitosa perante a qualquer pessoa, sempre demonstrando humildade e respeito a todos, inclusive seus rivais. O espanhol fará muita falta ao mundo do esporte.

Gracias, Rafa.

Análise por Gustavo Faldon

Editor de Esportes do Estadão. Já cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas, Super Bowls, UFC, Fórmula 1, NBA e muitos outros esportes. É jornalista formado pelo Mackenzie e com MBA em Gestão e Marketing Esportivo

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