Roland Garros: Bia Haddad, Wild, Monteiro e Heide caem em dia terrível para o Brasil

Quatro tenistas do País jogam no saibro do Grand Slam de Paris e são eliminados logo na primeira fase

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Por Redação
Atualização:

Em ano ruim, Bia Haddad mais uma vez frustrou a torcida verde e amarelo. Depois de fazer bela campanha em Roland Garros na temporada passada, caindo apenas nas semifinais diante de Iga Swiatek, a melhor do mundo no circuito da WTA, desta vez ela não passou da estreia.

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Nesta segunda-feira, tentando repetir o feito no Grand Slam de Paris, a tenista brasileira até começou bem, mas acabou permitindo a virada para a italiana Elisabetta Cocciaretto, de 23 anos e 51ª do ranking, perdendo por 6/3, 4/6 e 1/6, despedindo-se de maneira precoce.

O dia ruim para o País foi completo com os três representantes no masculino, Thiago Wild, Thiago Monteiro e Gustavo Heide, também eliminados na primeira rodada. Agora, só resta um brasileiro no torneio de simples. Felipe Meligeni duela com o favorito Casper Ruud, da Noruega, nesta terça-feira, a partir das 8h15.

Bia Haddad é eliminada por italiana e se despede de Roland Garros. Foto: Dimitar Dilkoff/AFP

Favorita, Bia Haddad começou sua partida na quadra 14 de maneira imponente, abrindo logo 3 a 1, com uma quebra. Permitiu a reação e a igualdade, mas aproveitando novo break point no fim, fez 5 a 3 e depois fechou na serviço.

O segundo set começou de forma desastrosa para a 13ª favorita, com a italiana fazendo 3 a 0 e recuperando o moral na parcial. Bia Haddad desta vez foi quem reagiu e teve o saque para empatar por 3 a 3, mas desperdiçou. Não falhou e buscou o 4 a 4. E novamente parou. Na reta final, levou 5 a 4 e não fez nenhum ponto no serviço, acabando quebrada mais uma vez, permitindo a igualdade em 1 a 1 com 6 a 4.

A largada no set decisivo veio de maneira ainda mais surpreendente, com tudo dando certo para Cocciaretto e com Bia Haddad irreconhecível em quadra. Dona de ótima defesa e de golpes potentes, a brasileira viu seu jogo não encaixar e ficou rapidamente em desvantagem de 4 a 0. Teve um break point para minimizar a surra e não aproveitou. Após se safar do pneu, caiu no primeiro match point.

DECEPÇÕES NO MASCULINO

A segunda-feira foi só de derrotas para o Brasil no complexo de Roland Garros. Gustavo Heide foi o primeiro atleta do País a entrar em quadra e protagonizou uma grande batalha de 3h48 com o argentino Sebastián Báez, 20º favorito, caindo no quinto set, parciais de 6/4, 3/6, 1/6, 6/4 e 3/6, após ter boas chances de ganhar a partida.

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O brasileiro começou bem e fez 6 a 4 na primeira parcial aproveitando uma quebra no terceiro game. O argentino foi melhor nos dois sets seguintes e virou com 6/3 na segunda parcial após uma quebra e com 6 a 1 no terceiro, no qual largou logo com 4 a 0.

A chuva ainda paralisou o jogo, mas não atrapalhou que a decisão fosse em um quinto set extremamente nervoso após Heide fechar a quarta parcial com novo 6 a 4. No quinto set, o brasileiro largou bem e abriu logo 2 a 0. Mas permitiu o empate. Voltou a quebrar para abrir 3 a 2 e não embalou. Na verdade, daí em diante nada deu certo, Baez emplacou quatro pontos seguidos e fechou com 6 a 3.

Outro brasileiro sem motivos para celebrar foi Thiago Monteiro. Vindo de grande qualificatório, o número 84º do mundo não se encontrou diante do sérvio Miomir Kecmanovic, dando adeus com 2/6, 1/6, 6/4 e 5/7.

O tenista cearense começou muito mal na partida e não impôs resistência nos dois primeiros sets, levando 6/2 e 6/1 em somente 55 minutos. Monteiro reagiu na terceira parcial, reagindo após ter o serviço quebrando em 4 a 3, emplacando três pontos e fechando. No quarto set, falhou quando não podia. Com 5 a 5 e 40 a 15, abusou dos erros e permitiu a quebra. O sérvio fechou com saque preciso.

Por fim, Thiago Wild sofreu com a torcida local para o veterano Gael Monfils e foi outro eliminado com 3 sets a 1, parciais de 2/6, 6/3, 3/6 e 4/6. Com um ritmo alucinador, o francês fez logo 6 a 2 no primeiro set. Wild reagiu e mais agressivo, empatou com 6 a 3.

O frisson das arquibancadas, com direito até a “ola”, desconcentrou o brasileiro, que demorava para voltar aos pontos e viu o rival até cobrar silêncio antes dos saques. De nada adiantou, sem embalar e irritado, o melhor do Brasil entre os homens (58º do mundo) levou 6/3 e 6/4 em sequência e se despediu.

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