Tom Brady anunciou na manhã desta quarta-feira sua aposentadoria da NFL e do futebol americano, aos 45 anos. Considerado o maior quarterback da história do esporte, ele já havia anunciado sua parada no último, mas voltou atrás. Assim como ele, outro ídolo dos esportes americanos teve uma trama semelhante. Na década de 1990, Michael Jordan “encerrou” sua carreira do basquete em duas oportunidades, antes de deixar as quadras de forma definitiva.
Jordan iniciou sua primeira passagem pela NBA em 1984, selecionado pelo Chicago Bulls com a terceira escolha geral do draft, ainda na primeira rodada. Desde então, colecionou recordes, títulos e marcas históricas em sua carreira. Em sua primeira passagem, antes da aposentadoria, conquistou três prêmios de Jogador Mais Valioso (MVP) da temporada regular.
Sete anos foram precisos até Jordan conseguir o primeiro título dos Bulls e o seu primeiro da carreira. Na temporada de 1990/1991, derrotaram o Los Angeles Lakers, de Magic Johnson e James Worthy, por 4-1 na série melhor de sete jogos. Nos anos seguintes, repetiu a dose, conquistando o tricampeonato da NBA. Em todas as finais, Jordan foi eleito o MVP das Finais.
Após essa sequência, encerrou sua carreira do basquete pela primeira vez. Em 6 de outubro de 1993, Jordan anunciou sua aposentadoria, afirmando ter perdido a vontade de jogar após a morte de seu pai, James R. Jordan, assassinado em uma rodovia em Lumberton, Carolina do Norte. Além disso, antes mesmo desse acontecimento, o jogador já planejava a aposentadoria, após os Jogos Olímpicos de 1992 e por causa da imagem de ídolo que conquistou em sua carreira.
Longe das quadras, Jordan anunciou que passaria a jogar beisebol profissionalmente, para perseguir o sonho de seu falecido pai, que imaginava seu filho como um jogador da MLB, liga profissional dos Estados Unidos, assinando um contrato com o Chicago White Sox. Longe da NBA, Jordan chegou a ter sua camisa 23 aposentada pela sua ex-franquia.
Dois anos depois, com uma curta passagem pelas ligas menores de beisebol, anunciou seu retorno ao basquete e ao Chicago Bulls para a reta final da temporada 1994/1995 utilizando o número 45, já que o 23 permanecia aposentado. No ano seguinte, levou os Bulls à melhor campanha na temporada regular até o Golden State Warriors de 2015/2016 (72-10). Assim como em sua primeira passagem conquistou o tricampeonato consecutivo, entre 1996 e 1998.
Em 13 de janeiro de 1999, já com seis títulos, anunciava que estava deixando o basquete pela segunda vez na carreira. “Mentalmente, eu estou exausto”, afirmou Jordan, na coletiva de imprensa que revelou sua decisão. Além da idade - 35 anos -, as saídas de Scottie Pippen e Dennis Rodman, companheiros de equipe fundamentais nas vitórias recentes, influenciaram sua decisão.
Mesmo assim, não deixou inteiramente a liga. No ano seguinte, se tornou co-proprietário do Washington Wizards e em 2001 manifestou sua vontade retornar às quadras. Para sua volta, contratou o treinador Doug Collins, de sua passagem por Chicago, para o Wizards. Em 25 de setembro de 2001, anunciou seu retorno à NBA, disputando 142 jogos pela franquia antes de, finalmente, anunciar sua aposentadoria definitiva em 2003, aos 40 anos.
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