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Argentina volta a ter piloto na Fórmula 1 após 23 anos, enquanto Brasil continua fora

Felipe Drugovich e Gabriel Bortoleto tentam vaga em escuderia na próxima temporada, mas cenário continua incerto

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Foto do author Vinícius Harfush
Por Vinícius Harfush e Estadão Conteúdo
Atualização:

A Williams anunciou nesta terça-feira, 27, que fará uma troca temporária de pilotos para a conclusão do ano de 2024 na Fórmula 1. A escuderia britânica terminará o ano com o argentino Franco Colapinto correndo ao lado de Alexander Albon depois de ter demitido o norte-americano Logan Sargeant. Em 2025, o espanhol Carlos Sainz assume o posto do jovem da Argentina.

A chegada de Colapinto marca o retorno de um argentino para a Fórmula 1 após 23 anos sem um representante. O último nome que correu pelo país foi Gaston Mazzacane, que disputou duas temporadas e teve pouco destaque nas corridas. Em 2001, no seu último ano, competiu em quatro GPs e abandonou três deles por problemas mecânicos. Sua melhor colocação foi um 8º lugar no GP da Europa em 2000. Ele defendeu a Minardi e a Prost em seus dois anos na categoria máxima do automobilismo.

Piloto argentino Franco Colapinto correrá pela Williams até o final de 2024 na Fórmula 1 Foto: Divulgação/Formula 1

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Já o Brasil continua sem um representante na elite do automobilismo mundial. O último brasileiro a correr na F1 foi Pietro Fittipaldi, que só correu nos Grandes Prêmio de Sakhir e Abu Dabi pela Haas em 2020. Quando se fala de um piloto titular disputando uma temporada, Felipe Massa foi o último a representar as cores do País em 2017.

Para a temporada que vem, o caminhos de pilotos brasileiros ainda é incerto. Felipe Drugovich e Gabriel Bortoleto são nomes que surgem como possíveis integrantes de equipes da competição. Por outro lado, são poucas vagas restantes para completar as vagas nas escuderias. Atualmente, apenas a Mercedes, Sauber - que passará a se chamar Audi - e a RB (antiga Toro Rosso/AlphaTauri) têm espaço para novos pilotos.

A Mercedes abriu vaga após Lewis Hamilton anunciar que vai deixar a equipe para integrar a Ferrari em 2025, mas a tendência é que o italiano Andrea Kimi Antonelli, de 18 anos, seja o escolhido. Na RB, Yuki Tsunoda permanecerá na equipe e uma das vagas deve ser de Liam Lawson dada a incerteza com o australiano Daniel Riccardo.

Por fim, a Audi Sauber, chamada de Stake F1 Team nesta temporada, tem Nico Hülkemberg como um dos pilotos em 2025. Bortoleto, Drugovich, Valtteri Bottas e Guanyu Zhoy brigam pelo segundo posto.

Franco Colapinto destaca desafio de entrar no meio da temporada

O argentino, de 21 anos, faz parte da academia de pilotos da Williams desde o início de 2023 e já havia substituído Sargeant no treino livre do GP da Inglaterra, em julho. O jovem reconhece o desafio que é entrar no meio de uma temporada da Fórmula 1, mas se diz honrado com o convite da equipe.

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“É uma honra fazer minha estreia na Fórmula 1 com a Williams. É disso que os sonhos são feitos. Entrar na F1 no meio da temporada será uma enorme curva de aprendizado, mas estou pronto para o desafio e totalmente focado em trabalhar o máximo que puder com Alex (Albon) e a equipe para torná-lo um sucesso”, afirma Colapinto.

Franco Colapinto correndo pela Williams no GP de Silverstone, na Inglaterra, em julho de 2024 Foto: Luca Bruno/AP

O chefe da Williams, James Vowles, afirmou que substituir um piloto no meio da temporada não é uma decisão fácil. “Mas acreditamos que isso dá à Williams a melhor chance de competir por pontos no restante da temporada”, afirmou. “Acabamos de trazer uma grande atualização para o carro e precisamos maximizar todas as oportunidades de pontuação.”

A Williams é a nona colocada entre as dez escuderias que disputam o campeonato, com 4 pontos, todos conquistados por Alex Albon. “Também acreditamos no investimento em nossos jovens pilotos da nossa academia, e Franco terá uma oportunidade fantástica de demonstrar do que é capaz nas últimas nove etapas da temporada.”

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