Após contratar o australiano Daniel Ricciardo para compor a sua dupla de pilotos com o alemão Nico Hulkenberg, a Renault deu mais um passo na exibição das suas pretensões para a próxima temporada da Fórmula 1 ao apresentar, nesta terça-feira, o seu novo carro, o R.S.19. O bólido da Renault tem as cores amarela e preta, mantendo, basicamente, as mesmas características da pintura do carro do ano anterior. O R.S.19 fará a sua estreia nas pistas na próxima segunda-feira, quando serão iniciados os testes coletivos da pré-temporada em Barcelona.
A Renault chega para o próximo campeonato vindo do seu melhor desempenho desde que fez seu retorno à Fórmula 1 em 2016. Com Hulkenberg, que está na equipe desde 2017, e o espanhol Carlos Sainz, o time fechou o Mundial de Construtores de 2018 na quarta colocação.
E com a chegada de Ricciardo, a equipe espera subir de nível até brigar por vitórias e títulos em 2020 ou 2021. Essa evolução foi destacada pelos dirigentes, lembrando que o time foi apenas o nono colocado no seu retorno ao grid em 2016.
"Entramos nesta temporada com o objetivo de manter nosso momento forte. Nós não visamos a posição X ou Y ou um número de pontos: o que eu quero ver é que a equipe continue na sua trajetória de progressão para atingir as equipes de ponta", disse Cyril Abiteboul, o chefe da equipe.
O dirigente também exibiu preocupação em contar com um motor competitivo na temporada 2019. "A excelência do motor será nossa prioridade em Viry, enquanto a estrutura agora em vigor em Enstone se esforça para melhorar a competitividade do chassi, temporada após temporada", acrescentou.
Recém-contratado, Ricciardo espera ajudar a impulsionar a Renault. O australiano passou as últimas cinco temporadas na Red Bull, mas optou por mudar para uma equipe, em tese, menos competitiva. E agora espera liderá-la em sua ascensão.
"A Renault tem uma história enorme no automobilismo. Por isso, fazer parte do próximo passo de sua jornada na Fórmula 1 é um desafio emocionante", disse Ricciardo, que soma sete vitórias, três pole positions e 29 pódios no seu currículo.
"Estou aqui para fazer o trabalho na pista e pilotar o mais rápido possível, mas gostaria de trazer energia para a equipe. Eu quero colocar uma mola nos pés de todos porque isso faz parte do meu trabalho e também do meu caráter. Eu pretendo fazer com que a equipe trabalhe um pouco mais, se esforce mais e convença a todos. Eu gostaria de ser um catalisador de energia positiva", concluiu.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.