Após quase cinco anos, a Fórmula 1 voltou a contar com uma mulher num dos testes de suas equipes. A britânica Jessica Hawkins pilotou o modelo 2021 da Aston Martin na semana passada, em Budapeste, dividindo o carro com o brasileiro Felipe Drugovich, piloto reserva do time britânico e tentando assumir posto de piloto principal na escuderia.
Hawkins completou 26 voltas no traçado da capital húngara, apesar da chuva e da pista molhada. E ganhou elogios da equipe. “Jessica se destacou em seu primeiro teste de F-1. Ela aumentou progressivamente a velocidade em uma pista complicada enquanto gerenciava perfeitamente a complexidade do carro AMR21. Seu feedback foi preciso e correlacionado com nossos dados”, comentou Robert Sattler, diretor do Programa de Evolução da Aston Martin.
“Depois de três voltas, a pista estava seca e ela já estava igualando as velocidades de volta de referência. No geral, Jessica executou um excelente programa de testes com uma atitude muito profissional e esperamos vê-la no carro novamente em breve”, afirmou o diretor da equipe.
A F-1 não contava com uma mulher na pista desde outubro de 2018, quando a colombiana Tatiana Calderon guiou um dos modelos da Sauber, atualmente Alfa Romeo, no circuito Hermanos Rodriguez, na Cidade do México. A categoria não tem uma mulher no grid desde que Lella Lombardi disputou parte da temporada 1976.
Agora Jessica Hawkins pode sonhar com novas chances na F-1. A piloto de 28 anos tem pódio na W Series, categoria exclusivamente feminina no automobilismo, e foi campeã britânica de kart. Fora das competições, ela já atuou como dublê de piloto no filme “007 - Sem Tempo para Morrer”, protagonizado pelo personagem James Bond.
“Quero agradecer muito a todos da equipe Aston Martin por confiarem em mim, acreditarem em mim e por me darem esta oportunidade”, disse Hawkins, que se tornou “embaixadora” do time em 2021. “Precisei dar o meu sangue, meu suor e minhas lágrimas para chegar aqui. Quando ouvi pela primeira vez que poderia ser uma possibilidade, mal pude acreditar.”
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