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F-1: polícia prende 10 foragidos em Interlagos durante o GP de São Paulo; homem é preso por racismo

Detidos eram alvo de ordens de prisão por crimes variados, incluindo roubo e pedofilia; vítima de ofensa racial usava boné de partido político

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Foto do author Rodrigo Sampaio
Foto do author Marcos Antomil

A Polícia Civil prendeu dez foragidos em uma ação realizada nesta sexta-feira no Autódromo de Interlagos, durante o Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1. Os detidos eram alvo de ordens judiciais de prisão, tanto por causa de condenação quanto por decisão cautelar, por crimes de diferentes naturezas, como roubo e pedofilia.

Segundo a Secretaria de Segurança Público (SSP), a presença dos procurados entre o público se deu por meio do compartilhamento de dados do programa Muralha Paulista com as autoridades. O sistema já é usado em partidas de futebol, mas foi testado pela primeira vez em um evento internacional. A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) auxiliou com o compartilhamento de sua base de dados para identificar pendências criminais de estrangeiros, mas somente brasileiros foram detidos.

Público acompanha o GP de São Paulo no Autódromo de Interlagos Foto: FELIPE RAU /ESTADÃO

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“É uma ação da área de inteligência policial com a finalidade de deixar o local do evento mais seguro, impedindo o acesso de pessoas que possam comprometer a ordem pública. Os eventos passam a contar com tecnologia de ponta e parceria entre o setor privado e público, sem nenhum custo de implantação para o estado”, explica Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo.

Na sexta-feira, a Polícia Militar montou um cordão de segurança no entorno do Autódromo de Interlagos e instalou um posto próximo ao local para cuidar de ocorrências externas. De acordo com a SSP, cerca de 1,3 mil policiais vão estar mobilizados na segurança do local durante a corrida deste domingo.

RACISMO

Na sexta-feira, no Autódromo de Interlagos, também foi registrada a detenção de um homem de 47 anos, que estava frequentando o camarote Pit Stop Club, por injúria racial. Ele teria usado palavras racistas para ofender José Paulo dos Santos, 51, que usava um boné do PT.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, procurada pelo Estadão, afirmou que o caso foi registrado como preconceito de raça e cor, e a detenção foi feita em flagrante. Ele permanece à disposição da Justiça.

“Um homem de 47 anos foi preso em flagrante por injúria racial às 15h15 desta sexta-feira (3), no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista. A vítima, um homem de 51 anos, contou que foi ofendida por xingamentos racistas proferidos por outro homem, de 47 anos. Duas testemunhas estavam presentes no momento do crime e o autor foi indiciado em flagrante, permanecendo à disposição da Justiça. O caso foi registrado como preconceitos de raça e cor - injúria racial na 1ª Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur)”, diz nota enviada pela SSP.

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A organização do GP de São Paulo ainda não se manifestou sobre o caso. Assim que houver resposta, a matéria será atualizada.

OCORRÊNCIA MÉDICA

Além do trabalho da polícia em Interlagos, bombeiros e equipes médicas entraram em ação após a tempestade que atingiu São Paulo nesta sexta-feira derrubar o teto de uma das arquibancadas do autódromo e uma lona de proteção voar com a força do vento. De acordo com a organização do GP, seis pessoas ficaram feridas, todas sem gravidade. Duas delas foram encaminhadas para unidades de saúde, onde receberam alta horas depois. Estruturas precisaram de reparos para receber o público neste sábado.

O dia foi marcado pela vitória de Max Verstappen, da Red Bull Racing, na corrida sprint. O holandês, que já garantiu o tricampeonato nesta temporada, superou Lando Norris, da McLaren, que havia largado na pole position. Os pilotos voltam à pista de Interlagos neste domingo, quando ocorre a etapa brasileira da Fórmula 1, às 14h (horário de Brasília).

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