Fórmula 1: cinco coisas que aprendemos nos primeiros treinos do GP da Austrália

Lando Norris liderou o TL1 na Austrália, enquanto Charles Leclerc apareceu na frente na sessão que geralmente dá sinais de como vai ser a classificação

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Por Gabriel Curty/GRANDE PRÊMIO

Após um TL1 apertado e comandado por Lando Norris, Charles Leclerc e a Ferrari mostraram força e dominaram o TL2 do GP da Austrália. Nesta sexta-feira (22), o monegasco colocou quase 0s4 em cima de Max Verstappen, segundo colocado e uma das vítimas do dia de deformação de assoalhos no Albert Park.

Em terceiro no TL2, que é a sessão que mais costuma refletir o que se espera da classificação, apareceu Carlos Sainz, ainda em recuperação da cirurgia de retirada do apêndice. As Aston Martin vieram na sequência, com Lance Stroll na frente de Fernando Alonso.

Max Verstappen pode perder 100% de aproveitamento na temporada 2024 da F-1. Foto: Martin Keep/AFP

George Russell foi o sexto, enquanto o companheiro Lewis Hamilton amargou a 18ª colocação. As McLaren vieram próximas, com Oscar Piastri em sétimo e Norris em nono depois de ter liderado pela manhã. Sergio Pérez foi oitavo, Yuki Tsunoda, o décimo, e Alexander Albon nem entrou na pista depois da pancada no TL1. O tailandês, no entanto, já está confirmado no sábado da Austrália, mas no carro que deveria ser de Logan Sargeant, já que o chassi de Albon não tem como ser reparado e a Williams viajou para a Oceania sem reposição. Pior para o norte-americano.

Ferrari grita forte e já ameaça 100% da Red Bull

A Red Bull é ampla favorita ao título da F1 2024 e candidatíssima a vencer todas as etapas do ano, como não? Depois de bater na trave e quase passar 2023 invicta, a equipe austríaca voltou ainda mais forte com o RB20 nas mãos de Verstappen. Acontece que, na Austrália, o desafio é dos maiores. Leclerc enfiou quase 0s4 no neerlandês no TL2, mas, muito mais do que isso, chamou a atenção pela voracidade que mostrou na simulação de corrida, costumeiro Calcanhar de Aquiles dos italianos. Se os vermelhos replicarem o desempenho que tiveram naquelas nove voltas com Charles no TL2, sonham e sonham muito com a vitória em Melbourne.

Verstappen pode até vencer, mas pensar em dobradinha seria delírio na Red Bull

Ainda que Leclerc surja com boas possibilidades de quebrar a invencibilidade taurina, Verstappen tem totais condições de vencer de novo e talvez até ainda seja favorito a fazer isso, por todo histórico recente. Só que o 100% de dobradinhas da Red Bull parece absolutamente condenado e o próprio Pérez já vem falando em “como vai ser difícil bater as Ferrari”. Pior que vai ser mesmo.

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Aston Martin e McLaren se engalfinham

Atrás das duas forças destacadíssimas vem a briga verde e laranja. Outra vez mais, a Aston Martin carrega consigo algum favoritismo no duelo para o sábado, mas talvez a coisa se inverta no domingo. Falta velocidade e curva de baixa na McLaren, falta consistência em stint longo na Aston Martin. Briga parelha, nem tão nivelada por cima assim.

Mercedes arrisca no acerto de Hamilton. E transforma W15 em carro de F2

A Mercedes teve um TL1 competente e parecia ali no bolo. No TL2, baixou um pouquinho com Russell, mas ainda esteve por perto. O problema foi Hamilton, que despencou para 18º. E o motivo? Uma “mudança drástica de acerto” que a Mercedes tentou. E que claramente não funcionou, né? O heptacampeão ficou felizão e descascou na entrevista do final do dia. Também pudera.

Williams passa vexame histórico ao esquecer chassi no churrasco. Sargeant paga o pato

O ano é 2024 e tem equipe do mundinho F1 que não tem chassi reserva. Não tem desculpa que seja minimamente razoável para isso, é um vexame histórico e precisa ser tratado como tal. Agora, além disso, a coisa piora porque o pobre do Sargeant, que não fez rigorosamente nada, acabou limado da corrida para entregar seu carro para Albon. Virou pós-Bump Day de Indy 500, bicho.

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