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Fórmula 1: Fernando Alonso deixa Aston Martin sonhar no GP do Canadá

Bicampeão mundial deixa torcedores espanhóis esperançosos após liderar treino livre em Montreal; piloto da casa e companheiro de equipe, Stroll fica em terceiro

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Por Luana Marino/GRANDE PRÊMIO

Chuva costuma trazer para o centro das atenções pilotos que geralmente são mágicos no asfalto molhado, e Fernando Alonso foi quem melhor soube aproveitar o momento ainda com pneus slicks para fazer o melhor tempo do TL2 do GP do Canadá de Fórmula 1, realizado nesta sexta-feira. O espanhol colocou a Aston Martin no topo ao registrar 1min15s810.

A previsão para o resto do fim de semana em Montreal é de chuva, portanto foi preciso encarar as condições incertas para tentar buscar o melhor acerto do carro. O treino até começou com pista seca, mas teve a presença de uma leve e chata garoa ao longo do tempo que foi suficiente para exigir os intermediários nos dez minutos finais.

Fernando Alonso lidera treino livre e eleva expectativas sobre Aston Martin no Canadá. Foto: Charly Triballeau/AFP

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Àquela altura, contudo, a liderança já estava decidida. Quem mais se aproximou do tempo de Alonso foi George Russell, que ficou a 0s463 da marca do bicampeão. Lance Stroll fechou o ‘sonho’ da Aston Martin e terminou em terceiro.

Charles Leclerc, de médios, ficou em quarto, a 0s7 de Alonso. Daniel Ricciardo, Kevin Magnussen, Lewis Hamilton, Yuki Tsunoda, Alexander Albon e Sergio Pérez fecharam o top 10.

Max Verstappen é que parece viver um inferno astral. O neerlandês conseguiu dar apenas quatro giros e recolheu o carro às pressas após sentir cheiro de fumaça. A Red Bull depois confirmou que houve uma falha no sistema de recuperação de energia.

Confira como foi o TL2 da F-1 em Montreal

Se o TL1 foi praticamente inexistente por causa do temporal que trouxe até granizo ao circuito Gilles Villeneuve cerca de 1h antes da sessão, o TL2 até teve um cenário um pouco melhor, embora a chuva também tenha se feito presente. Pista molhada, aliás, era a realidade para o final de semana no Canadá, portanto os pilotos não tiveram muito tempo para esperar algum tipo de melhora.

De início, até foi possível arriscar os slicks, mesmo com a leve chuva que ainda ameaçava cair forte por conta do céu muito carregado. Os termômetros em Montreal marcavam 19°C de temperatura, com o asfalto em 27°C e umidade relativa do ar em 71%. Mas de tempo, mesmo, só Hamilton e Gasly apareciam com registros de volta rápida após os primeiros dez minutos de sessão. A maioria ainda optava por sair para o costumeiro reconhecimento, mas recolhia aos boxes.

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Perto dos 15 minutos completos, mais voltas começaram a ser registradas. De médios, Piastri pulou para segundo, a mais de 1s da marca de Lewis, que liderava. Gasly, então, conseguiu aproveitar os macios para colocar a Alpine momentaneamente na ponta, enquanto Russell era quem aparecia em segundo. Não demorou muito, porém, para Ricciardo e, depois, Alonso desbancarem Gasly do topo.

Enquanto isso, Verstappen ainda permanecia nos pits, observando o desenrolar das ações. Quando enfim foi para a pista, eram os carros da Aston Martin quem ocupavam as primeiras colocações, com Alonso e Stroll em sequência. Ao completar o giro, pegou o quarto tempo — que logo virou sexto com as subidas de Magnussen e Albon.

37 minutos para o fim, Leclerc, de médios, foi 0s112 mais rápido que Alonso, com os macios, e colocou a Ferrari na liderança. O curioso era que o monegasco estava na mira dos comissários por ter usado no começo da sessão os intermediários quando a pista ainda não havia sido declarada molhada.

Mais alguns giros, e Alonso recuperou a liderança, colocando 0s7 sobre o tempo de Leclerc ao virar 1min15s810. Russell e Stroll também vieram no embalo, mas ainda na casa de 1min16s. 30 minutos completados, e o top 10 era formado por Alonso, Russell, Stroll, Leclerc, Ricciardo, Magnussen, Hamilton, Tsunoda, Albon e Pérez.

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Verstappen era apenas o 18º, com apenas quatro voltas computadas e enfrentando problemas — em dado momento, teve de recolher às pressas para os boxes por conta de um cheiro de fumaça. A imagem recuperada, de fato, mostrou o carro de Max com algo estranho. E não teve jeito: o neerlandês precisou encerrar o TL2 muito antes do previsto após um incêndio no carro.

A Red Bull tratou de colocar os mecânicos para trabalhar com o treino ainda rolando, proporcionando uma cena um tanto curiosa, com um ‘muro’ formado por integrantes do time para evitar a exposição de segredos do carro de Verstappen. A confirmação do problema veio instantes depois: falha no sistema de recuperação de energia.

Na tabela, a situação já estava decidida. Com chuva um pouco mais intensa na parte final, os intermediários tiveram de ser usados. Não havia, portanto, chances de melhorar alguma marca, permitindo à Aston Martin ao menos sonhar até o sábado.

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