Os fãs mais endinheirados do automobilismo em breve terão a chance de levar para casa um dos artigos mais célebres da história da Fórmula 1. O carro usado por Michael Schumacher para conquistar o tricampeonato em 2000, e findar o jejum de 21 anos da Ferrari na categoria, será colocado para leilão em Hong Kong. O último título da lendária escuderia italiana havia sido em 1979, com o sul-africano Jody Scheckter.
O chassis 198 da Ferrari será leiloado pela Sotheby’s, especializada na venda de artigos de luxo, de 3 a 12 de abril. A expectativa é de que carro vencedor em 2000 supere o valor do monoposto usado por Schumacher três anos depois, também com a escuderia italiana, leiloado no ano passado por US$ 14,8 milhões (R$ 77,9 milhões) — o carro de F-1 mais caro já vendido.
“Não há nome maior no panteão do automobilismo do que a Ferrari, e poucos pilotos mais condecorados ou celebrados do que Michael Schumacher“, dizia a descrição da Sotheby’s antes do leilão.
Revolucionário, o chassis 198 foi crucial para ajudar a redefinir o padrão de engenharia e desempenho para a época, proporcionando a estrutura para o início de um período de domínio da equipe italiana, quando o heptacampeão venceu cinco títulos consecutivos entre 2000 e 2001.
A Ferrari 2000 foi usada por Schumacher para conquistar o GP do Brasil, em Interlagos, além de assegurar a pole position em importantes circuitos, como o de Mônaco e Espanha. Naquela temporada, ele venceu 10 das 17 corridas do ano. Anteriormente, o piloto alemão ganhou em 1994, com a Jordan, e 1995, com a Benetton.
Schumacher sofreu um grave acidente de esqui em 2013. A família do alemão tem se resguardado muito e não costuma comentar sobre o estado de saúde do ex-piloto. Nem mesmo seu filho, Mick, que até ano passado era piloto titular da Haas e aparecia publicamente com frequência, costuma abordar o tema. Corinna, mulher de Schumacher, evita a vida pública se dedica a cuidar do marido.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.